Por SELES NAFES
Os migrantes recepcionados por uma quadrilha alvo da Polícia Federal, nesta segunda-feira (29), eram ameaçados de ser abandonados em trechos remotos da BR-156 ou denunciados a autoridades brasileiras se não pagassem valores abusivos. De acordo com a delegada que conduz as investigações, os criminosos são motoristas de picapes que fazem o transporte pirata de passageiros e cargas entre Oiapoque e demais municípios.
As investigações estão a cargo da delegada Vanessa Varela.
“Nessa condição de vulnerabilidade, essas pessoas eram obrigadas a pagar valores abusivos sob ameaça de serem devolvidas ao país de origem ou abandonados em trechos isolados da estrada”, explicou.
Nesta segunda (29), a PF deflagrou a Operação Piratas do Caribe, uma referência ao transporte clandestino na parte brasileira e à origem dos migrantes, na maioria haitianos e cubanos. Foram cumpridos 18 mandados de busca e 17 de monitoramento eletrônico em Oiapoque, Macapá, Tartarugalzinho e Santana.

Quase R$ 400 mil foram apreendidos em moeda brasileira e estrangeira

Cofre apreendido

Delegada Vanessa Varela: prisões em flagrante
Também houve prisões em flagrante (em quantidade não informada), após ficar caracterizada a reiteração criminosa e a estrutura para contrabando.
Os policiais apreenderam celulares, duas picapes Hillux, uma SW4, ouro, um simulacro de arma de fogo, cerca de R$ 300 mil, US$ 6,5 mil (R$ 34 mil) e 5 mil euros (R$ 31 mil).