Por PEDRO PESSOA, de Belém
A Polícia Civil prendeu dois homens acusados de integrar uma quadrilha de estelionatários que já movimentou mais de R$ 1 milhão em fraudes bancárias em diferentes estados do Brasil. Um dos alvos, Max Alexandre, foi preso em Macapá, após fugir de Belém, onde havia sido flagrado aplicando o golpe do “chupa-cabra”. O comparsa dele, Edmilson Pereira, acabou capturado no distrito de Outeiro, na capital paraense.
As investigações começaram depois que câmeras de segurança registraram Max em ação dentro de uma agência bancária em Belém. De forma estratégica, ele inutilizou alguns caixas eletrônicos e instalou o dispositivo no terminal escolhido. A última vítima foi uma turista da Paraíba, que perdeu cerca de R$ 38 mil após cair no golpe.

Turista aceita ‘ajuda’ de golpista dentro da agência…

…em seguida outro integrante retira o cartão que ficou preso
Roteiro do golpe
O esquema seguia um roteiro já conhecido: cartão preso, suposta ajuda de um “cliente”, ligação para um falso call center e, por fim, a retirada do cartão por outro integrante da quadrilha. Nas imagens, Edmilson aparece recolhendo o cartão da vítima e saindo da agência.
Com apoio do Laboratório de Análise de Imagem da Polícia Civil, os investigadores cruzaram as gravações com dados do Banco Nacional de Mandados de Prisão, do Conselho Nacional de Justiça. Foi assim que confirmaram a identidade dos envolvidos, que já tinham passagens por estelionato em outros estados.

Um dos criminosos foi preso em Outeiro, ilha fluvial de Belém

Agentes cumpriram mandados de busca
A polícia destacou também a importância da denúncia anônima, que ajudou a localizar os suspeitos. Além das prisões, foram apreendidos celulares e outros objetos que passam por análise da perícia e que podem revelar novas vítimas e conexões da quadrilha em diferentes regiões do país.
A Justiça determinou o bloqueio de bens, contas bancárias, aplicações financeiras e veículos ligados ao grupo. A esposa de Edmilson também é investigada e continua foragida.
As autoridades reforçam a orientação: clientes não devem aceitar ajuda de estranhos em caixas eletrônicos e, diante de qualquer movimentação suspeita, devem acionar imediatamente a polícia.