Católicos cumprem ritual de fé e devoção nas águas do Amazonas

A peregrinação ocorreu neste sábado (11), em Santana, município a 17 km de Macapá, e atraiu centenas de fiéis
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Por JONHWENE SILVA, de Santana

No sábado (11), demonstrações de fé e devoção marcaram a Romaria Fluvial em honra e louvor a Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia. A tradição atraiu mais de 30 embarcações que acompanharam a transladação da imagem peregrina. O cortejo passou em frente a comunidades ribeirinhas, onde moradores a saudavam.

A celebração contou com a presença do bispo Dom Antônio Assis e reuniu centenas de devotos. A procissão, que cresce a cada ano, mostra o fortalecimento e a devoção por Nossa Senhora de Nazaré na região. A romaria partiu do Porto Norte, navegou por comunidades ribeirinhas e encerrou no Porto Nortelog, em um trajeto marcado por orações, cânticos e expressões de fé visíveis nos rostos dos devotos.

“Essa romaria é um testemunho de amor e fé viva. O rio, que é caminho de sustento para tantas famílias, hoje se torna também um caminho espiritual, guiado por Maria, mãe do povo amazônico”, afirmou Dom Assis, durante o percurso.

Padroeira conduzida num ferry boat. Fotos: Jonhwene Silva/SN

A imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi conduzida pela Ferry Boat São Pedro, enquanto a banda Sentinela do Norte entoava canções e momentos de reflexão. Emocionado, Raimundo Santos enalteceu a presença da padroeira.

“A gente sente que essa fé só cresce. Já participei de outras romarias com menos barcos. Hoje são dezenas, e isso é a prova de que Maria continua tocando o coração do povo. Hoje me sinto privilegiado por estar vivendo este momento aqui”, relatou.

Ribeirinhos acompanharam romaria e fizeram homenagens

Romaria encerrou num porto privado

Durante o trajeto, moradores das comunidades acenavam com lenços brancos, soltavam fogos e cantavam enquanto as embarcações passavam em cortejo. Em muitas delas, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré ocupava o lugar de destaque na proa da embarcação. Dona Aldanete do Socorro, de 35 anos, fez questão de participar com a família.

“Nossa Senhora de Nazaré sempre protegeu a gente. Aqui em Santana, onde dependemos tanto do rio, essa romaria tem um significado especial”, afirmou.

Seles Nafes
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