Por RODRIGO DIAS
Nos últimos dias, imagens de bombons com aparência estranha – embalagem aberta e recheio esverdeado – viralizaram nas redes sociais, acompanhadas de um áudio que alertava sobre supostos doces envenenados distribuídos por desconhecidos em escolas. A publicação gerou tensão entre pais e responsáveis em diversos estados do país, inclusive no Amapá.
O conteúdo, que circulou inicialmente como se o caso tivesse ocorrido em escolas públicas, foi verificado por diversos veículos de comunicação nacionais. As apurações confirmaram que o registro original ocorreu em São Paulo, e que não há evidências de distribuição de bombons envenenados.

Boato já registrado em outros estados chegou a grupos de WhasApp do Amapá
Apesar disso, as fotos e áudios chegaram a grupos de WhatsApp de Santana (AP), município a 17 km de Macapá, fazendo com que muitos acreditassem que o fato havia acontecido no município amapaense.
Em meio à circulação das mensagens, uma moradora do Igarapé da Fortaleza (no limite entre Macapá e Santana), a doméstica Fernanda Sousa, decidiu usar as redes sociais para fazer um alerta após o filho dela, de 12 anos, relatar uma situação suspeita.
Segundo ela, o caso teria ocorrido por volta das 12h40, quando o menino saía da escola, no bairro Igarapé da Fortaleza.
“Ele vinha andando, e o carro parou do lado oferecendo dinheiro e bombons. Ele disse ‘não’ e veio embora, chegou em casa assustado. Ainda fui atrás pra ver se alguém viu o carro, mas como o local é movimentado, ninguém percebeu nada. Peço que todos tomem cuidado com seus filhos ao sair da escola”, alertou a mãe.
O garoto relatou que o veículo era um carro preto com vidros escuros, mas não conseguiu identificar o modelo nem o motorista, pois fugiu logo após a abordagem. A mãe relatou o caso na escola.

Polícia não registrou nenhuma denúncia oficial até o momento sobre o caso
Checagem de informações
Até o momento, não há registro oficial de casos de envenenamento por bombons em Santana ou em qualquer outra cidade do Amapá. A Polícia Civil recomenda que situações suspeitas sejam registradas imediatamente, e que boatos não sejam compartilhados sem confirmação.
Especialistas em segurança alertam para o cuidado com informações falsas que se espalham rapidamente pela internet e geram pânico coletivo. A recomendação é sempre verificar a origem das postagens e buscar fontes confiáveis antes de repassar qualquer alerta.

