Por PEDRO PESSOA, de Belém
O navio-aeródromo multipropósito Atlântico, maior embarcação de guerra da América Latina, retornou ao porto de Belém, trazendo mais de 400 toneladas de equipamentos militares. Vindo do Rio de Janeiro, o navio reforça a estrutura de segurança montada para a COP30, que será realizada em novembro na capital paraense.
O NAM Atlântico já havia permanecido em Belém por algumas semanas neste ano, período em que foi aberto à visitação pública e recebeu autoridades civis e militares, entre elas, o ministro da Defesa, que conheceu de perto as instalações do navio. Após um breve retorno ao Rio de Janeiro para reabastecimento e ajustes logísticos, a embarcação volta agora para permanecer na região até o fim da conferência climática.
Segundo a Marinha, o material transportado também foi utilizado em treinamentos na foz do Rio Amazonas durante a Operação “Atlas”, exercício conjunto das três Forças Armadas iniciado em 30 de junho e com encerramento previsto para 6 de dezembro. O navio também integra o Comando Operacional Conjunto Marajoara, estrutura criada pelo Ministério da Defesa para coordenar ações de segurança e defesa durante a COP30.

Com a chegada do navio, a Marinha reforça a presença das Forças Armadas na Amazônia e amplia o aparato de segurança da COP30
Com 208 metros de comprimento, o equivalente a um prédio de 40 andares, o Atlântico pode transportar 432 tripulantes e abrigar até 1.400 militares em missão. Ele tem capacidade para operar até 18 aeronaves simultaneamente em seu hangar e convés de voo.
Além da função estratégica em operações militares, o navio é preparado para missões humanitárias, podendo atuar em resgates, transporte de vítimas de desastres naturais e em operações de paz.
Adquirido da Marinha britânica em 2018, o Atlântico foi construído na década de 1990 e hoje ocupa o posto de capitânia da Esquadra Brasileira, ou seja, é a principal embarcação da Marinha do Brasil.

Com 208 metros de comprimento, o equivalente a um prédio de 40 andares, o Atlântico pode transportar 432 tripulantes e abrigar até 1.400 militares em missão
Com a chegada do navio, a Marinha reforça a presença das Forças Armadas na Amazônia e amplia o aparato de segurança da COP30, garantindo suporte logístico e operacional para um dos maiores eventos internacionais já realizados na região.