Por IAGO FONSECA
Medicamentos considerados essenciais para a saúde básica, como metformina, usada no controle da diabetes, e omeprazol, indicado para sintomas estomacais como gastrite, estão em falta nas farmácias de pelo menos duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Macapá.
Ambos constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) do Ministério da Saúde, que lista os itens disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, reportagem do Portal SelesNafes.Com, realizada na quinta-feira (2), constatou a ausência dos remédios em pelo menos duas UBSs da capital: Lélio Silva, no Bairro Buritizal, e São Pedro, no Beirol, ambos na zona sul de Macapá. Além deles, o Buscopan, usado para dores e cólicas abdominais, também não estava disponível.

Na porta da farmácia da UBS, pacientes descobrem que itens básicos estão em falta. Fotos: Iago Fonseca
“Amigo, eu não vou ter nem a metformina, nem o omeprazol e nem o Buscopan. Tá em falta isso. Algumas UBS estão em falta, mas não sei te dizer quais e nem onde tem. A nossa previsão é abastecer lá pro dia 12”, informou à reportagem um profissional da UBS São Pedro.
Na UBS Lélio Silva, a responsável pela farmácia coletava as receitas dos pacientes e já os dispensava informando sobre a ausência dos medicamentos. Em apenas um minuto, a equipe flagrou pelo menos três pessoas recebendo a negativa. Não foi possível confirmar quais outros remédios estão em falta ou quando o estoque será reabastecido.
A metformina é a primeira opção no tratamento do diabetes, doença que compromete a produção ou absorção de insulina. Com ela, pacientes controlam os níveis de glicose no sangue e reduzem o risco de complicações graves, como dificuldades respiratórias, vômitos, confusão mental, convulsões, cetoacidose diabética e até coma.

Faltas de medicamentos básicos também ocorre na UBS Lélio Silva
Já o omeprazol atua no controle do excesso de acidez estomacal, proporcionando alívio rápido para a queimação na região abdominal e no peito.
O Portal SelesNafes.Com tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Macapá, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.