Brasília (DF) – Em um movimento que reflete tanto o peso demográfico dos evangélicos quanto sua crescente influência política, o Senado Federal aprovou a realização de uma sessão especial em homenagem ao Dia Nacional do Evangélico, celebrado em 30 de novembro. A iniciativa foi do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP).
A relevância da homenagem também se apoia em dados recentes. O Censo 2022 revelou que 47,4 milhões de brasileiros se identificam como evangélicos — 26,9% da população acima de 10 anos —, consolidando o segmento como peça central no debate público e nas dinâmicas sociais do país.
Diferentemente de discursos protocolares, Alcolumbre colocou no centro da justificativa o papel social e comunitário das igrejas, afirmando que, para milhões de brasileiros, fé significa “acolhimento, transformação e serviço ao próximo”. Ele classificou a homenagem como um reconhecimento necessário a instituições religiosas que, segundo ele, têm presença concreta na vida cotidiana da população.
“As igrejas evangélicas acolhem, restauram, educam e transformam vidas. Homenageá-las é reconhecer sua contribuição espiritual, social e humana para o país”, disse o senador.
O presidente do Senado também destacou um elemento simbólico.
“Sou o primeiro judeu a presidir o Senado em mais de duas décadas de República. E hoje, na Mesa do Senado, trabalhamos lado a lado: judeus, católicos e evangélicos, demonstrando que a convivência respeitosa entre diferentes tradições de fé não é apenas possível, é um valor que nos engrandece e fortalece”, afirmou.

