Alunos de engenharia florestal conhecem a exploração sustentável de madeira em Mazagão

Estudantes da Ueap visitaram os locais de operação da TW Forest e viram técnicas de extração controlada de madeira
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Por SELES NAFES

Alunos do curso de Engenharia Florestal da Universidade Estadual do Amapá (Ueap) passaram três dias na região de Mazagão, no sul do Amapá, conhecendo de perto a exploração sustentável de madeira realizada pela TW Forest e pela associação Atexma, duas das maiores referências em manejo florestal sustentável na Amazônia.

A visita em campo ocorreu na semana passada, com alunos das disciplinas de Mecanização, Transporte e Colheita Florestal, e de Produtos Não Madeireiros, ambas da grade do curso de Engenharia Florestal.

Grupo recebe explicações na floresta…

…e no acampamento da empresa

A TW tem a concessão do Estado para explorar a Floresta Estadual do Amapá por 40 anos, seguindo um plano de manejo baseado em unidades de produção chamadas de “UPAs”. Em cada unidade, pode ser retirada uma quantidade limitada de árvores, menos de 3 árvores para cada área de floresta do tamanho de um campo de futebol, deixando o restante da floresta em pé.

As toras são monitoradas por satélite e podem ser rastreadas desde o local de extração até o destino, seja dentro do próprio Brasil ou em outros países.

“As UPAs é como se fossem quadras, bairros, onde é feito o inventário das espécies e potencial de exploração. Existem os planos de manejo empresarial e comunitário”, explica o professor doutor Fernando Rabelo, do curso de Engenharia Florestal da Ueap. Ele estava acompanhado também professor doutor Mário Vanoli, da disciplina de Produtos Não Madeireiros.

Conheceram a técnica de identificação das toras…

…que são rastreadas por satélite

Estudante exibe equipamento usado na extração

O mesmo método é aplicado no assentamento agroextrativista do Maracá (Atexma), em parceria com a empresa Eco Forte e mais de 1 mil famílias de colonos beneficiados com a execução do projeto. Neste caso, a atividade é fiscalizada pela Sema, Ibama, Incra, Batalhão Ambiental, Dema, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal.

O objetivo da visita dos alunos foi mostrar toda a estrutura utilizada no processo de exploração, desde tratores, motosserras, pás-carregadeiras e caminhões de diversos modelos.

“É a segunda vez que eu visito a área, já conhecia o projeto. É uma empresa certificada”, comentou Rabelo sobre a TW Forest e a associação Atexma.

UPAs são unidades de exploração onde algumas espécies são extraídas…

…e o restante da floresta continua em pé

Professor Rabelo ao lado do responsável técnica da TW Forest, engenheiro Obed Corrêa

O professor lembrou que o Amapá vive um momento importante de transição na exploração de seus recursos madeireiros, um cenário que só desabrochou recentemente com a finalização da transferência de terras pela União ao Estado do Amapá.

“Agora que a União finalizou o repasse, e isso vai abrir possibilidade para outras empresas atuarem, como os grandes produtores de soja, por exemplo, que já estão chegando”, concluiu.

Seles Nafes
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