Por SELES NAFES
Numa tentativa de tranquilizar e dar transparência aos investimentos feitos com recursos para a aposentadoria dos servidores do Estado, o presidente da Amapá Previdência, Jocildo Lemos, detalhou numa coletiva de imprensa nesta tarde (18) as aplicações realizadas no mercado financeiro para aumentar o patrimônio do instituto. Ele também anunciou a criação de uma comissão específica para acompanhar os desdobramentos da liquidação extrajudicial do Banco Master e buscar os ressarcimentos garantidos em contratos.
Usando gráficos e slides, Jocildo Lemos explicou que além do Banco Master foram aplicados recursos em bancos como o Santander, Bradesco e Safra. Em três anos, aumentou de R$ 6 bilhões para quase R$ 10 bilhões o patrimônio líquido da Amprev, graças a aplicações e receita.
De acordo com Lemos, as aplicações foram definidas seguindo uma série de regras do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão do governo federal que fiscaliza o mercado financeiro. Em julho de 2024, a Amprev decidiu que o Banco Master administraria R$ 400 milhões em letras financeiras do instituto, o que rendeu R$ 63 milhões em lucros. Desse total, quase R$ 30 milhões foram pagos em janeiro.
“Como fizemos uma operação para 10 anos, significa dizer que teríamos uma rentabilidade de R$ 630 milhões, ou seja, 50% do que foi investido. Agora vamos tratar com o Banco Central e com a empresa responsável pela liquidação, que já foram notificadas por nós, para nos informarem quais passos serão tomados e o que será necessário para a Amprev ter o que foi contratado com o Banco Master”, adiantou.

Presidente da Amprev durante coletiva de imprensa. Foto: Seles Nafes
Essas tratativas, acrescentou, serão conduzidas por um grupo de trabalho criado hoje e formado por servidores estaduais, do Tribunal de Justiça e por representantes do conselho da Amprev. Uma reunião extraordinária foi convocada pelo presidente com os colegiados estratégicos da Amprev, nesta quarta-feira (19).
“É um processo que não é simples, mas a gente espera que em um ano ele seja resolvido”, pontuou, afirmando que não há perigo para as aposentadorias dos servidores e nem para a saúde financeira da Amprev.

