Por RODRIGO DIAS
A alegria e a expectativa pela entrega da nova Orla do Perpétuo Socorro, em Macapá, duraram pouco. Em menos de 24 horas após a inauguração, ocorrida neste sábado (1º), uma das principais peças de arte do novo complexo turístico foi alvo de vandalismo e falta de consciência pública.
A escultura em tamanho real que homenageia o folclórico morador “Seu Maguila” foi depredada, gerando frustração e indignação entre as famílias e a comunidade local. O ato de vandalismo atinge um projeto que custou R$ 5,2 milhões aos cofres públicos e transformou a orla em um espaço moderno de lazer, turismo e segurança.

Prefeito Furlan ontem, horas antes da estátua ser vandalizada
A obra danificada, produzida em ferro e fibra de vidro pelo artista plástico J. Márcio, representa Alfredo Teixeira Novaes, conhecido como “Maguila”. Maranhense que chegou ao Amapá no fim dos anos 1980, ele ficou famoso por sua figura marcante, seu temperamento difícil e, principalmente, pelo tradicional Bar do Maguila, um ponto de encontro icônico à beira do rio Amazonas.
O apelido vinha da semelhança com o lutador de boxe, e a fama do bar incluía uma placa curiosa que proibia “beijos e abraços” — uma regra que nasceu de uma confusão conjugal e acabou virando parte do folclore amapaense.

Escultura foi inspirada …

… no icônico empresário e morador da comunidade
“Seu Maguila” morreu em 2005, e a homenagem buscava manter viva a memória de um personagem simples, mas inesquecível, que se tornou parte da história e da identidade do bairro.
Até o momento, os responsáveis pelo vandalismo ainda não foram identificados.

