GCM chama de ‘pacote de maldade’ PL que corta salários em 70%

Guardas e inspetores municipais protestaram contra projeto de lei que, segundo o sindicato, reduz salários e retira direitos da categoria.
Compartilhamentos

Por RODRIGO DIAS

Guardas civis e inspetores municipais de Macapá lotaram, nesta quinta-feira (6), a galeria da Câmara Municipal em protesto contra um projeto de lei encaminhado pela Prefeitura. Com faixas e cartazes, os manifestantes demonstraram repúdio ao que chamam de “pacote da maldade” do prefeito Dr. Furlan.

De acordo com o Sindicato Intermunicipal dos Guardas e Inspetores Municipais do Amapá (Sigimap), a categoria teme que o novo projeto modifique a Lei Municipal nº 146/2022, que estabelece o plano de cargos, carreiras e salários da Guarda Civil. Segundo os servidores, as mudanças propostas podem reduzir em até 70% os vencimentos dos novos concursados e comprometer direitos já assegurados.

Sindicato busca apoio do Legislativo para garantir direitos

Servidores exibiram mensagens de repúdio ao que chamam de “pacote da maldade” do prefeito Dr. Furlan. Foto: Rodrigo Dias

O presidente do sindicato, Elielson Guimarães, conhecido como Bocão, criticou a falta de diálogo do Executivo com a categoria.

“O Executivo enviou um projeto sem ouvir os guardas. Fizemos manifestações pedindo que a proposta fosse discutida primeiro com a categoria. Depois de algumas reuniões, houve avanços, mas a Procuradoria-Geral apresentou um novo texto com alterações que prejudicam os servidores”, afirmou.

Bocão: “Do jeito que está, o novo projeto retira direitos e reduz salários”

Guimarães destacou que o sindicato é favorável à realização do concurso público, desde que o edital siga as regras da legislação em vigor.

“Queremos apenas a autorização do concurso com base na Lei nº 146/2022. Essa norma foi criada pelo próprio prefeito e garante a segurança jurídica e salarial dos atuais e futuros guardas. Do jeito que está, o novo projeto retira direitos e reduz salários”, completou.

Representando 513 trabalhadores, os manifestantes pediram apoio dos vereadores para que o texto original da lei seja mantido e que apenas a autorização do concurso público seja analisada. O sindicato afirmou confiar no diálogo com o Legislativo para evitar prejuízos à categoria.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!