Por PEDRO PESSOA, de Belém
Durante participação na COP30, em Belém, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, voltou a se posicionar contra a exploração imediata de petróleo na foz do Amazonas, no litoral do Amapá. Em um discurso firme, a ministra defendeu que o momento é de pesquisa e planejamento, não de exploração econômica.
“Agora o que vai acontecer é a pesquisa, não é ainda a exploração econômica na foz do Amazonas”, afirmou Marina, explicando que serão feitos estudos para garantir que a região não sofra impactos ambientais irreversíveis.
Ela destacou ainda que o país precisa construir um “mapa do caminho” para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, reforçando o compromisso com a transição energética. Mas foi uma frase que sintetizou a mensagem da ministra.
“Daqui a 5 anos, quando essa pesquisa terminar, muita coisa já mudou”, ponderou, avaliando que o cenário energético e ambiental do Brasil pode ser completamente diferente ao fim do período de pesquisa e que a decisão sobre o petróleo no Amapá deve ser tomada com base em ciência e responsabilidade.
A ministra também reforçou a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a Petrobras passe por uma transformação profunda, deixando de ser apenas uma empresa de exploração de petróleo para se tornar uma produtora de energia limpa.
“A Petrobras tem que investir cada vez mais em biodiesel, etanol, energia do vento, do sol e até em hidrogênio verde”, afirmou.

