PGR denuncia deputado por soco em eleitor

Agressão ocorreu na eleição de 2014. Vítima teve corte na boca
Compartilhamentos

SELES NAFES

A Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia contra o deputado federal Roberto Góes (PDT-AP) no episódio em que ele agrediu um eleitor, em 2014. Se a justiça aceitar a denúncia, será a 12ª ação criminal contra o parlamentar, que já é réu por crimes de corrupção.

A confusão ocorreu no dia do 2º turno da eleição, em frente a uma sessão de votação, no Bairro Santa Rita. Segundo a denúncia da PGR, o homem estava segurando a filha no colo enquanto discutia com militantes ligados ao deputado. 

O parlamentar estaria a cinco metros de distância da confusão e teria dito: “deixa que eu resolvo isso”, desferindo um soco de punho cerrado no rosto do eleitor que estava com uma criança de cinco anos no colo.

Roberto Góes chegou a receber voz de prisão de policiais militares, mas teria fugido em um carro, afirmou a PGR.

Na época, o candidato à reeleição disse que apenas se defendeu, e que foi agredido verbalmente pelo eleitor. A vítima registrou boletim de ocorrência. O exame de corpo de delito identificou um ferimento de 1 centímetro na região da gengiva, supostamente provocado pelo soco.

A denúncia foi assinada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, após o depoimento de eleitores, mesários, do próprio deputado e de um segurança dele.

“A conduta ainda é especialmente valorada em razão de o acusado ter fugido para evitar prisão em flagrante. Da mesma forma, o fato de a vítima segurar uma criança ao tempo em que foi agredida, impossibilitando sua defesa, é penalmente relevante”, observou a procuradora.

A PGR pede a condenação para o crime, que tem pena de 3 meses a um ano de prisão, além da reparação por danos morais.

Raquel Dodge alega que o deputado não tem direito à transação penal, ou seja, não poderá ter uma pena alternativa porque já responde a outros crimes, como peculato, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsificação de documento público.

O caso será julgado pelo STF. O portal SELESNAFES.COM pediu e ainda aguarda um posicionamento da assessoria do parlamentar.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!