Acadêmico nota 10 e esportista: amigos e família se despedem de jovem morto por policial

Jovem havia concluído o curso de farmácia com nota máxima e aguardava a formatura
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RODRIGO INDINHO

Durante esta quinta-feira (12), está sendo velado o corpo de Ricardo Brito de Oliveira de 21 anos. O jovem, chamado carinhosamente por amigos e familiares de “Ricardinho”, morreu após cinco dias internado no Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal). Ele foi baleado por um policial civil por engano no último dia 6.

O velório acontece desde a noite de quarta-feira (11), na sede do Trem Desportivo Clube, na área central de Macapá. O registro de fotos não foi autorizado pela família no velório.

Em conversa com o portal SELESNAFES.COM, familiares relataram que após levar três tiros, ser internado e perder um rim, Ricardo Brito de Oliveira teve o intestino e o abdômen afetados e precisou passar por cirurgia.

Ricardo Brito é lembrado por amigos e familiares como estudante aplicado e esportista. Fotos: reprodução/arquivo pessoal

Durante a internação, o rapaz apresentava um quadro clínico estável. Mas, na tarde de quarta-feira, ele teve quatro paradas cardíacas e não resistiu, vindo a óbito.

Esportista e acadêmico de farmácia

Ricardinho era muito conhecido por esportistas, pelas grandes passagens em diversos clubes do Estado. Recentemente, havia tirado nota máxima em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), em farmácia.

“Era um menino de ouro, estudioso. Com 22 anos, tirou nota máxima no TCC, já estagiava e no final do ano iria ser outorgado. Mas, infelizmente, a vida quis assim. Agora é força para a família, e com muita união dos amigos e fé em Deus para que a gente possa superar um pouquinho dessa dor”, disse emocionado o Padrinho e Tio, Luiz Carlos, de 52 anos.

Corpo do jovem está sendo velado na sede do Trem. Foto: Rodrigo Indinho

Justiça

Mesmo sem guardar mágoa, a família diz que exige justiça e que o caso seja esclarecido.

“A gente não guarda mágoa, rancor. Ódio não leva a nada. Só queremos que a verdade venha a público e o delegado responsável pelo caso não se omita a verdade, pois tem duas testemunhas que sabem o que de fato aconteceu. Espero que meu sobrinho esteja num lugar de luz, pois todos nós estaremos orando por ele”, finalizou Luiz Carlos.

Primos foram alvejados por policial civil. Foto: arquivo pessoal/colagem

A mãe de Ricardinho, seria a mulher que estaria dentro do carro e presenciado tudo o que ocorreu no dia do crime. Ela e o esposo tinham um casal de filhos.

Despedida

Amigos de escola, times e familiares se despedem do jovem. O velório é aberto ao público e segue durante o dia na sede do Trem. O enterro acontece às 16h, no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro de Macapá.

Seles Nafes
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