ANDRÉ SILVA
Em pleno Macapá Verão, banhistas e micro empreendedores reclamam das más condições do deck principal do balneário do Quilombo Curiaú, em Macapá. A estrutura composta por malocas, lanchonetes e escadarias, todos em madeira, está visivelmente deteriorada.
A presidente da Associação de Moradores do quilombo, Rosa Ramos, que também faz parte do conselho gestor de patrimônio da Área de Preservação Ambiental (Apa) do Curiaú, disse que a responsabilidade pela manutenção do deck é da Secretaria de Estado do Turismo do Amapá (Setur).
A entidade pediu ajuda à Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), que prometeu fazer pequenos reparos no deck para colocá-lo em melhores condições de visitação. A manutenção vai ficar por conta da Secretaria Municipal de Obras (Semob). Segundo Rosa Ramos, os trabalhos iniciam na sexta-feira (13).
Risco
Escadas danificadas colocam em risco os banhistas. Fotos: André Silva / SelesNafes.com
Segundo Rosa Ramos a preocupação é com a segurança dos banhistas e, também, dos pequenos empreendedores que frequentam o local. “Queremos garantir a tranquilidade dos banhistas e dos trabalhadores do balneário”, reforçou a presidente da Associação de Moradores.
Ela diz que o local é muito frequentado pela população no período de inverno, época em que a lagoa enche, devido às fortes chuvas. Com a chegada do verão, o balneário seca e deixa de receber os banhistas, assim como a atenção do poder público.
A empreendedora Helena Chagas Leite, 43 anos, há três anos tem a concessão de uma das lanchonetes. Ela reclamou da falta de manutenção no deck. “A estrutura está precária, principalmente nessa área de banho, nas escadas. Meu medo é que alguém se machuque ai por causa do prego que fica nas madeiras que vão quebrando”, alertou a mulher.
A vendedora Francisca dos Santos Ferreira, 49 anos, trabalha na outra lanchonete, também há três anos. Ela revelou que chegou a testemunhar pessoas saindo sangrando do local, feridas nos pregos das escadas.
“Esse verão agora está pior. As escadas estão todas caídas, quebradas. Pessoas chegaram a se machucar com prego ai. Então estamos precisando de uma reforma boa aqui. Boa parte das malocas está quebrada”, reclamou a empreendedora.
O estudante Iramar Sousa, 16 anos, sempre vai ao balneário na época de férias. Ele estava acompanhada da família e se protegia do sol de baixo de uma maloca bastante danificada. “A gente tem medo de ficar aqui em baixo mas como o lugar é aberto e tem muito sol, a gente corre o risco”, lamenta a banhista.
O portal SelesNafes.com entrou em contato com o órgão, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta oficial.