SELES NAFES
Os rumores (com jeito de verdade) de que o empresário Jaime Nunes é cogitado para ser o novo vice na chapa de Waldez Góes (PDT) abriram uma crise com Papaléo Paes (PSD) que será difícil de contornar. O PDT até tentou esfriar os ânimos com uma nota publicada nas redes sociais nesta quinta-feira (26).
No comunicado, o partido diz que o processo de construção da chapa continua em discussão com os aliados, e continuará os diálogos até a data limite imposta pela lei eleitoral, que é 4 de agosto.
Apesar de ainda estar dentro do prazo, Waldez está sob uma enorme pressão. De um lado, o dever de viabilizar financeiramente sua campanha e reoxigenar a chapa. Do outro, está a amizade com Papaléo Paes e a palavra empenhada em 2014 que agora o atual vice cobra com todas as letras.
Depois da entrevista ao Diário do Amapá, onde se mostrou insatisfeito com a tendência de ficar de fora da chapa, Papaléo Paes foi procurado pelo Portal SN, mas até o meio-dia não retornou as ligações.
Ao DA, o vice-governador disse que acreditou na palavra de Waldez de que permaneceria como vice, e por isso não se desincompatibilizou para disputar o Senado, que era seu plano original.
Ao abrir mão do Senado, e agora com a possibilidade de também não ser o vice, Papaléo diz que poderá ter sido aniquilado politicamente.
Uma fonte da cúpula do PDT, ouvida pelo SN, avaliou que Papaléo Paes segue claramente uma estratégia. Contudo, o entendimento é de que ele precipitou depois de que o PSD fechou apoio para compor coligação de Davi Alcolumbre (DEM), pré-candidato ao governo.