ANDRÉ SILVA
Há um ano, desde que a obra de ampliação da Rodovia Duca Serra chegou ao Coração, distrito de Macapá, os moradores que estão às margens da pista reclamam da quantidade de poeira no local. Eles dizem que os carros pipa que passam molhando a via não estão mais passando com frequência.
A balconista Dora Martins, de 50 anos, que mora no trecho há 15 anos, reclama que os carros não respeitam os limites de velocidade e passam muito rápido pelo local, deixando nuvens de poeira, que invadem as casas.
“Quem tem alergia e asma está sofrendo. Depois que eles começaram a alargar a pista, a situação piorou. A gente acorda com o gosto de poeira na boca. Imagina o nosso estômago como está?”, reclamou a balconista.
A agricultora Darcilete Saraiva Macedo, de 41 anos, conta de precisou mudar de casa por não aguentar mais a situação. Agora, ela e toda a família moram na casa de trás, que pertence à mãe dela.
Os móveis e o chão da casa da agricultora estão cobertos por um lençol de poeira. Ela diz que o carro pipa que passa jogando água para umedecer o solo, não aparece com a frequência devida, por isso, a poeira não cessa.
“Minha mãe tem mais de 60 anos, vive gripada. Dentro da casa é uma imundice. A gente lava roupa, e, quando estende, ela muda de cor. É horrível”, lamentou a agricultora.
O secretário de Obras do Estado, Benedito Conceição, falou que está enfrentando dificuldade para encontrar cimento asfáltico de petróleo, usado na mistura que produz o asfalto. Segundo ele, a empresa que fornece o produto para a secretaria está tendo problemas com a refinaria da Petrobrás, fabricante do cimento.
“A gente está praticamente há duas semanas sem o produto. Mas a situação já vai normalizar semana que vem”, garantiu o secretário.
Quanto a questão da frequência de passagens do carro pipa no local, ele disse que os caminhões irão aumentar a frequência.