SELES NAFES
A sessão da noite desta quarta-feira (5) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) teve resultados ruins para as campanhas de Davi Alcolumbre (DEM) e João Capiberibe (PSB) ao governo do Estado. As duas coligações perderam aliados importantes encrencados com a justiça eleitoral.
Ao mesmo tempo em que deferiu as candidaturas majoritárias das duas coligações, o TRE decidiu que alguns partidos não poderão estar nas composições. A coligação Trabalho e União, por exemplo, composta pelo DEM, Rede, PSDB, PPL, PSC, Avante, PSD, Podemos, Solidariedade e Patriotas, teve duas baixas: PPL e Avante, porque estariam em situação irregular no Amapá.
O PSB foi considerado apto, mas o PT, que indica candidato a vice na chapa de Capiberibe (Marcos Roberto Marques), foi considerado impedido por estar com o registro partidário suspenso. O impedimento vale para todos os candidatos do PT em todos os cargos.
A legenda está sendo punida por não ter apresentado a prestação de contas do fundo partidário referente a 2015. O PT fez um acordo e terá que devolver mais de R$ 800 mil ao TSE.
Para a coligação do DEM, o prejuízo é de soma de votos para atingir o coeficiente eleitoral na disputa proporcional, além do tempo de TV e rádio que deverá ser reduzido.
Mas o prejuízo maior é para o PSB, que poderá sair quase isolado na disputa, se não conseguir suspender a decisão que teve um voto divergente da desembargadora Sueli Pini. Se a situação atual se confirmar, a perda será grande no tempo de televisão e de recursos, já que não haverá o auxílio do fundo de campanha do PT.
“(…) O PSB foi considerado apto a concorrer e deverá retificar o pedido de registro de candidatos para concorrer isoladamente. A retificação também poderá ser feita pelos partidos considerados aptos na coligação Trabalho e União”, informou uma nota divulgada pelo Ministério Público Eleitoral.