RODRIGO INDINHO
Com cartazes e gritos de ordem, a família de uma criança de oito meses, que está internada no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), protestou e interditou parte da avenida FAB, em frente ao Hospital, em Macapá, na manhã desta quinta-feira (6). A família cobra o atendimento da neuropediatra para diagnosticar o estado de saúde da criança. Eles alegam que o bebê estaria sendo medicado de forma incorreta e perdendo o sentido do corpo.
Segundo Mary Freitas de Lima, tia da paciente, a pequena Evelyn Jasmim deu entrada do Pronto Atendimento Infantil (PAI) há uma semana com convulsão e, na segunda-feira (3), foi transferida para Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) onde está internada, porém, sem diagnóstico médico da neuropediatra.
“Ela está piorando, pois apresenta crises fortes, está perdendo o sentido do corpo, não movimenta o braço, a cabeça está maleável. Eles não sabem o que ela tem e não tentam agilizar o processo do diagnóstico. Nós tentamos agilizar levando a criança para o tratamento particular para ser medicada de forma correta, pois quando a Evelyn tem uma crise eles aumentam a medicação sem ao menos saber o que ela tem, inclusive está toda empolada. Tememos perder mais uma criança da família para a negligência”, falou a tia.
A diretora do Hospital da Criança, Zoraima Maramalde, conversou com o portal SELESNAFES.COM e explicou que a criança foi internada com uma crise convulsiva classificada de difícil controle. De acordo com a gestora, ela foi avaliada pela médica especialista, foi medicada para controlar a convulsão e está internada na sala de agravos do hospital.
“Quando ocorre uma crise convulsiva se pensa em várias coisas, meningite, epilepsia. Foram feitos os exames para se chegar ao diagnóstico. A família está numa ansiedade muito grande, acham que as coisas tem que ser no tempo deles, na hora em que eles querem e nem sempre acontece desse jeito”, explicou a diretora.
Zoraima Maramalde disse ainda que a paciente segue tendo crises focais, mas é preciso esperar os efeitos da medicação que pode levar cerca de 72 horas.