ANDRÉ SILVA
Depois de passar dias na calçada de uma escola e alojados em centros comunitários dentro do Conjunto Macapaba, na zona norte de Macapá, as famílias que tinham invadido alguns apartamentos e que foram retiradas na última reintegração de posse continuam esperando pelo aluguel social prometido.
A situação das 18 famílias é muito delicada. Muitas, que não tinham para onde ir, se arriscaram voltando para os apartamentos. Outras, estão sendo abrigadas por pessoas comovidas pela situação.
As unidades invadidas ficam localizadas na segunda etapa do Cidade Macapaba. Elas foram reintegradas pela Justiça à Caixa Econômica no dia 16 julho e repassadas para famílias removidas do Canal do Jandiá.
Maria de Lurdes Pantoja, de 59 anos, é moradora do Macapaba. Ela está abrigando duas famílias, uma delas é a de sua filha. Ao todo, são 8 pessoas, além dela e do marido, na casa.
“Eu dei abrigo, mas antes cheguei a ajudar quando eles estavam lá, na frente da escola. Não só eu, mas outros vizinhos estão ajudando”, disse a dona da casa.
O apartamento da dona Maria de Lourdes é muito pequeno. Os colchões e sacolas de roupa estão espalhados por todo lugar. Em uma cama de solteiro, por exemplo, dormem um casal e um criança.
“A gente está esperando um posicionamento da prefeitura. Eles sempre dizem que está pra sair, mas até agora nada”, reclamou Janaína dos Santos, de 26 anos. Ela e os dois filhos foram abrigados por dona Maria de Lourdes.
Janaína disse que preencheu todos os requisitos para participar do Programa Aluguel Social, gerenciado pela Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego (Semast).
Por meio da assessoria de comunicação, a secretaria informou que ainda nesta quinta-feira (13), o valor referente ao aluguel das 18 famílias, estará disponível para o pagamento dos imóveis alugados por eles.