RODRIGO INDINHO
Aproximadamente dois minutos. No fim da manhã desta quarta-feira (17), esse foi o tempo que o policial Kássio de Mangas dos Santos, de 29 anos, permaneceu na primeira audiência em que responde pelo assassinato confesso da ex-namorada, a também policial Emily Karine.
O policial disse preferir ficar em silêncio ao ser indagado se prestaria depoimento. Kássio de Mangas entrou por volta de 11h50 na sessão, trajando calça jeans, blusa azul e sapatos escuros. Em seguida, foi algemado e levado por policiais.
O advogado de acusação, Maurício Pereira, disse que o réu tem o direito de não produzir provas contra si e avaliou que Mangas deve continuar preso e levado a julgamento.
De acordo com os familiares, o assassino de Emily Karine aparentava frieza, como se nada tivesse acontecido. A tia da vítima, Ruth Miranda, disse indignada ao Portal SelesNafes.com que espera que a defesa do réu não use estratégias baixas para denegrir a imagem de Emily, nem agredir a família.
“O que a gente viu foi um homem frio, sem um pingo de arrependimento. Encarou os familiares com desdém e falta de respeito. A própria posição de não ajudar em nada o processo agride a sociedade, que está esperando uma resposta a esse crime”, desabafou.
Outro familiar da vítima, o tio, Rubem Miranda, de 50 anos, também falou sobre a revolta que sente.
“Pudemos ver que é um sujeito frio, que não se arrepende, arrogante, que com certeza cometeria novamente o crime. Trata-se de alguém impiedoso, calculista, uma pessoa da pior espécie possível”, disse o tio.
O juiz Nazareno Haussler, que presidiu a sessão, informou anteriormente ao Portal SN que, caso não houvesse nenhum imprevisto, a previsão é que Kássio de Mangas seja julgado em até 45 dias.