SELES NAFES
A prefeita de Pedra Branca do Amapari, Beth Pelaes (MDB), tem uma zona de turbulência para atravessar. O Ministério Público do Estado acaba de fazer uma recomendação para que ela exonere vários servidores em cargos de comissão, entre eles alguns parentes da prefeitura e até pessoas condenadas pela justiça.
A recomendação, que também vale para a Câmara de Vereadores, diz que precisarão ser exonerados servidores que sejam parentes dos gestores, que sejam condenados com sentença transitada em julgado por atos de corrupção ou que já tenha sido demitidos da função pública por irregularidades.
Em caso de descumprimento, a advertência é de que haverá ações judiciais. Uma outra recomendação do MP, para que fosse realizado concurso público em seis meses, vencerá em fevereiro.
O documento expedido pelo MP foi lido pelos vereadores na sessão da última segunda-feira (29).
Até julho deste ano, o secretário de Educação de Pedra Branca era o tio da prefeitura, Sivaldo Brito, que também é marido da ex-deputada federal Fátima Pelaes.
Segundo vereadores consultados pelo Portal SN, existem ainda outros parentes da prefeita que foram nomeados em cargos estratégicos. A mãe da prefeita ocupou a Secretaria de Governo e a irmã de Beth, Daniela Pelaes, é a secretária de Saúde do município.
Recomendação vale também para a Câmara de Vereadores. Fotos: Seles Nafes
Além do nepotismo, a mãe da prefeita está na lista de inelegíveis dos tribunais de contas do Estado (TCE) e União (TCU).
Essa seria a mesma condição da secretária de Administração, Marina Pantoja, e do assessor especial e ex-vereador Raimundo Dias Mota da Silva, o “Neguinho”, entre outros casos.
O Portal SN procurou ouvir a prefeita Beth Pelaes. Ela chegou a enviar um áudio pelo WhatsApp, mas depois deletou e não se pronunciou mais a respeito do assunto.