Agremiações apresentam projeto ao GEA, e aumentam crise com a Liesap

Agremiações propuseram a terceirização da organização do desfile. Tudo seria pago pelo governo do Estado
Compartilhamentos

ANDRÉ SILVA

Na tentativa de fazer um desfile menor em 2019, três agremiações protocolaram um pedido de apoio financeiro do governo do Estado, e acabaram aumentando a temperatura da crise no Carnaval do Amapá. A proposta é que o GEA contrate uma empresa para organizar e realizar a festa na Avenida Ivaldo Veras.

Os presidentes Diego Armando (Piratas Estilizados), Marcelo Zona Sul (Piratas da Batucada) e Rogério Braga (Unidos do Buritizal), entregaram o documento nas mãos do secretário de Cultura, Dilson Borges, na última quarta-feira (21).

O autor do projeto, Diego Armando, diz que a intenção foi provocar o poder público para apoiar a realização dos desfiles que não acontecem desde 2015. Ele garante que o projeto inclui as 10 agremiações, é não apenas as 3, como afirmou em uma nota de repúdio lançada pela Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá (Liesap), na tarde desta quinta-feira (22).

Diferente de como era feito em anos anteriores, quando o GEA repassava o valor para a Liesap em forma de convênio, segundo Armando de forma desigual, o projeto propõe que se faça um processo de licitação para selecionar uma empresa especializada na realização  de eventos.

Último desfile ocorreu em 2015 Foto: Arquivo

Além disso, defende que os valores sejam repassados de forma igual às 10 agremiações, independentemente de serem de grupo especial ou não.

“Diante da inércia da liga, que nesse período todo não conseguiu apresentar um projeto viável, tomamos  a iniciativa de pedir ao secretário que abra um processo licitatório para contratar a empresa”, disse o presidente.

As escolas pedem que o governo banque os valores referentes aos caches artísticos e a estrutura da festa, como som, iluminação, banheiros químicos, entre outras despesas. As agremiações se comprometeriam em apresentar a estrutura da escola em si, como alas, baterias, carros etc.

Marcelo Zona Sul reagiu à nota da Liesap, afirmando que a intenção foi provocar o governo a fazer o evento envolvendo todas as escolas, e diz ter ficado surpreso ao saber que a liga teria se reunido com as outras agremiações. 

Secretario de Cultura, Dilson Borges deu o “recebido” no projeto. Foto: Divulgação

“Depois que souberam que habilitamos um projeto na Secult, rapidamente a liga fez uma reunião com as escolas. O que está havendo é uma retaliação da liga. Em três anos, a liga nunca reuniu pra falar de Carnaval. Só reúne esporadicamente”, disparou Zona Sul.

Agora as agremiações aguardam uma resposta do governo para dar início aos preparativos do possível desfile, que, de acordo com o cronograma do projeto, aconteceria nos dias 23 e 24 de fevereiro.

 

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!