SELES NAFES
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou ofício no Senado, nesta segunda-feira (26), informando que dispensa receber o pagamento do “auxílio-mudança”, penduricalho que, no caso de reeleição, chega a R$ 70 mil.
O benefício foi criado em 2014 pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros, e também existe na Câmara dos Deputados. Quando é eleito, o parlamentar tem direito de receber R$ 35 mil para custear sua mudança para Brasília (DF).
Um dos absurdos fica por conta de uma distorção. É que os parlamentares que se reelegem, ou seja, os que já estão instalados em Brasília, também têm direito de receber R$ 35 mil pelo fechamento do mandato, e mais R$ 35 mil pelo novo mandato que começa, como é o caso de Randolfe Rodrigues.
Também têm o mesmo direito os parlamentares que não conseguiram se reeleger, o que, em tese, garante o custeio da mudança de volta ao estado de origem.
“Eu moro num apartamento funcional aqui. Para que eu vou receber?”, justifica o senador.
“Mudança para Brasília ainda é razoável, mas para quem foi reeleito é totalmente imoral. E pior ainda para quem está indo embora”, acrescentou.
Ofício protocolado na direção do Senado. Foto: Reprodução
No Amapá, estão deixando os mandatos os deputados federais: Roberto Góes (PDT), Marcos Reátegui (PSD), Janete Capiberibe (PSB), que disputou o Senado; Cabuçú Borges (MDB) e Jozi Araújo (Podemos), além do senador João Capiberibe (PSB), derrota na eleição para o governo.
Foram reeleitos e, portanto, têm direito ao auxílio-mudança, os deputados André Abdon (PP), Vinícius Gurgel (PR) e Marcivânia Flexa (PCdoB).
Os novos são: senador Lucas Barreto (PTB), deputados federais Luiz Carlos (PSDB), Aline Gurgel (PRB) e Leda Sadala (Avante).
Foto de capa: Arquivo/SN