Por LEONARDO MELO
O corpo da cabo da Polícia Militar do Amapá, Emily Carine, foi sepultado pela segunda vez, no Cemitério São José, na zona sul de Macapá. A recolocação do corpo na sepultura ocorreu ainda na terça-feira (29), mas a informação só foi divulgada hoje.
O novo sepultamento ocorreu por volta das 16h, e não teve qualquer cerimônia especial, com exceção de orações. Poucos familiares acompanharam porque a maioria ainda estava muito chocada com a violação do túmulo. Ontem a sepultura foi novamente lacrada com concreto.
A devolução do corpo ocorreu apenas seis horas depois da exumação, ocorrida no fim da manhã, quando a Polícia Civil começou a investigar a violação do túmulo da policial, morta no dia 12 de agosto de 2018, aos 29 anos. O assassino confesso da militar, o ex-namorado e soldado da PM, Kássyo de Mangas, continua preso.
Peritos da Polícia Técnica encontraram digitais no túmulo da policial, mas ainda não é possível determinar quais pertencem aos criminosos.
As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado José Neto, da 1ª Delegacia de Polícia do Bairro Nova Esperança. Ele ainda não tem suspeitos e também não pode precisar quando o laudo pericial será divulgado.
“Como eu pedi para fazer o levantamento de material genético, isso é mais demorado. (…) Foi feito um bom levantamento de digitais e se aparecer algum suspeito poderemos fazer a confrontação. Algumas pessoas tocaram na sepultura, incluindo familiares, mas depois que a PM chegou ninguém tocou mais”, informou.
O laudo vai determinar se houve abuso, mas antes de ficar pronto já é possível ter uma certeza: partes não foram retiradas do corpo, como os braços que não foram vistos no dia em que a violação foi descoberta. Eles estavam espalhados dentro do caixão.