OLHO DE BOTO
A Polícia Civil do Amapá investiga um estelionatário que finge ser o advogado criminalista Washington Picanço. Segundo as investigações, ele usa um perfil falso no site OLX com a foto de Picanço, que também é ex-vereador de Macapá. O criminoso, que age supostamente de dentro da penitenciária, também vem aplicando os golpes através de grupos de compra e venda na internet.
Uma das vítimas acionou a polícia quando percebeu que o pagamento da venda de um cordão de prata não havia caído na conta, e que o comprovante do depósito, enviado pelo golpista através de um aplicativo de mensagens, era falsificado.
Na tarde desta quinta-feira (7), um laranja usado no esquema foi preso. Ele tentava fazer a 4° vítima quando agentes da Polícia Civil apareceram.
Já na delegacia, o pintor Adriano Lima de Paiva, de 28 anos, confessou que recebia R$ 50 por golpe, e planejava receber um aparelho celular que também não foi pago à vítima.
“Uma pessoa liga da penitenciária e manda eu ir buscar o produto. Sou uma espécie de laranja. Já fui procurado quatro vezes para fazer. Praticamente obrigam a gente a fazer isso”, alegou.
Adriano Paiva havia marcado um encontro com a vítima, que o aguardava na Avenida Diógenes Silva, no Bairro do Buritizal, zona sul de Macapá. Ao finalizar a “compra”, ele recebeu voz de prisão do agente Rubens Júnior.
Além da prisão em flagrante por estelionato, Adriano Paiva foi reconhecido como o autor do golpe anterior. Ele ainda usava o cordão da vítima.
“No celular dele tem fotos de festas onde ele aparece dançando. Possivelmente tem outros envolvidos. Ele disse que tem um tal de ‘Rato’ (detento) ligando pra ele de dentro da penitenciária”, explicou o agente.
Imagem
O advogado Washington Picanço já havia registrado ocorrência na polícia, mas teme que sua imagem esteja comprometida nas redes sociais.
“Existem outras pessoas envolvidas nesse esquema. A polícia vem investigando, e eu quero alertar as pessoas para não fazerem negociações pelo OLX com o meu perfil. Esse perfil é falso. Esses criminosos não depositam o dinheiro e as pessoas acabam entregando o produto”, alertou o próprio advogado Washington Picanço.
A polícia tenta agora identificar o líder do esquema criminoso.