O Corpo de Bombeiros e peritos da Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec) concluíram que será impossível identificar as causas exatas do incêndio que destruiu o Armazém Brasil no último dia 12, no Bairro Buritizal, Zona Sul de Macapá. Os técnicos alegam que a cena do incidente foi alterada para controlar o fogo, e isso apagou todas as pistas que pudessem explicar a origem do fogo.
Segundo moradores, o incêndio começou por volta das 5h30min do domingo, 12, depois de uma queda de energia. A estrutura do depósito foi totalmente afetada. O espaço que antes era dividido por nove corredores se tornou um galpão sem telhado. Tratores e caminhões tiraram tudo que restou do incêndio para ajudar no rescaldo feito pelo Corpo de Bombeiros. “Todos os possíveis indícios da causa do incêndio foram alterados. Nem mesmo a fiação elétrica escapou. Apesar do laudo oficial ainda não estar pronto, podemos dizer que a causa exata não será identificada”, adiantou o perito do Corpo de Bombeiros, Marcelo Guedes.
De acordo com o gerente do Armazém, Pedro Siltomar dos Santos, o depósito continha produtos perecíveis, não perecíveis e de alta combustão, como inseticidas. O Armazém Brasil possuía documentação em dia, um sistema de alarme, mas não com capacidade para combater o fogo. A Politec também não confirma a possibilidade de o incêndio ter começado de um curto-circuito. “O trabalho pericial foi comprometido devido a ausência de material. Muitas provas foram eliminadas e não podemos afirmar o que ocasionou o incêndio”, declarou o diretor-presidente da Politec, Odair Monteiro.
O laudo oficial da Politec está previsto para ser divulgado em 30 dias, mas ele será inconclusivo. O Corpo de Bombeiros solicitou imagens do circuito interno do estabelecimento para ajudar na identificação do incêndio. Se as imagens forem encontradas o resultado da pericia será mais completo. A empresa proprietária do Armazém Brasil iniciou a reconstrução do lugar.