Por SELES NAFES
O comandante do Bope do Amapá, tenente-coronel Paulo Matias, disse, nesta terça-feira (12), não acreditar na existência de um grupo de extermínio formado por policiais, sejam eles militares ou civis.
A suspeita foi levantada na semana passada por um delegado da Polícia Civil, após uma execução no Bairro do Araxá, na zona sul da capital.
Segundo o comandante, informações dos serviços de inteligência do Bope e da Secretaria de Segurança Pública (Sejusp) ligam o homicídio à guerra entre facções.
No último dia 8 (sexta-feira), no Bairro do Araxá, Nakleo Bosque dos Anjos, o “Playboy”, de 23 anos, foi morto com cinco tiros por homens encapuzados e vestidos de preto, numa ação que o delegado de Homicídios, Wellington Ferraz, classificou como “executada por pessoas com treinamento tático”.
Sem citar uma corporação, ele afirmou que policiais estão participando de grupos para executar criminosos.
Paulo Matias garante que vídeos e áudios analisados pelos serviços de inteligência do Bope e da Sejusp mostram a relação desse caso, e de outros homicídios, com a guerra entre facções.
“O Bope vai se esforçar para prender esses indivíduos que estão levando o terror para a sociedade e para esclarecer esses fatos. Não temos dúvida que nessas execuções não há o envolvimento policiais civis, militares ou de qualquer outro agente público de segurança. É uma guerra de facções em Macapá, Santana e demais municípios”, assegurou.
“Alguns já foram presos, e outros já tiveram embates com a PM, e isso foi amplamente divulgado. (…) É leviano quando se fala no envolvimento de agentes públicos quando é notória a participação das facções”, criticou.