Por RODRIGO INDINHO
Quem mora ou visita áreas de ressaca em Macapá, já se acostumou a ver toneladas de lixo espalhadas entre palafitas. Porém, na 11ª Avenida do Bairro Congós, na zona sul da capital, o caso é diferente.
Em busca de qualidade de vida, há 25 anos um grupo de moradores faz questão de manter tudo limpo. Os cuidados são para evitar transbordamentos, doenças, animais inconvenientes e diversos outros problemas.
Comunidade prima por limpeza. Fotos: Rodrigo Indinho
Logo quando se chega ao local, é possível notar que o tráfego de motocicletas pela ponte é proibido, o que acaba preservando e dando durabilidade para a passarela.
Proibição de motos preserva a ponte
Nascida em Breves (PA), a dona de casa Maria Diniz, de 52 anos, foi uma das primeiras moradoras a chegar ao local e ter a boa iniciativa. Com o auxílio de sua canoa, ela rema sorridente pelas águas para mantê-las limpas.
“Retiro mururé, garrafas PET, sacolas e todo tipo de lixo. Evito baratas, ratos e doenças. Aqui também tem gente que joga o lixo e acaba poluindo tudo. Temos que recolher o lixo dos outros. Se todo mundo limpasse seria melhor, como não acontece, basta jogar o lixo no lixo, já ajudaria muito”, comentou.
Maria Diniz: com a canoa, ajuda a manter comunidade limpa
Quem também reside no local há bastante tempo e veio da mesma localidade, é o carpinteiro Antonio Monteiro, de 50 anos. Ele lamenta a falta de educação e consciência de alguns moradores.
“Sabemos que essa água desce para o rio e precisamos cuidar para ter uma água mais saudável. Precisa partir do ser humano ter educação, inclusive os que moram aqui. Precisamos cuidar do que é nosso porque depois a natureza um dia cobra”, disse.
Antonio Monteiro: cuidando do que é de todos
Os moradores informaram ainda que a coleta de lixo é realizada regularmente no local. Por ser uma área periférica, a comunidade enfrenta dificuldades como qualquer outra, mas é um exemplo de conscientização para manter o ambiente onde se vive bonito e preservado.