Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Diminuir a burocracia e integrar o trabalho de investigação das polícias Civil e Militar com a Polícia Federal (PF) no Amapá. Esse é o principal objetivo da cooperação técnica firmada entre o Estado e a PF, na tarde desta terça-feira (14), em cerimônia no auditório do Sebrae, no Bairro do Laguinho, em Macapá.
Na prática, já está em vigor o compartilhamento dos bancos de dados e dos recursos tecnológicos entre os órgãos de segurança pública do Estado e da União.
Após Goiás e o Pará, o Amapá é o terceiro estado brasileiro a consolidar a política de integração do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), do Ministério da Justiça. A cooperação terá vigência de cinco anos.
O governador Waldez Góes (PDT), que participou da assinatura do termo, avaliou o novo passo dado pelas instituições, no sentido da unificação das informações das forças policiais no combate à criminalidade.
“Aqui no âmbito estadual temos perseguido a integração máxima dos órgãos de segurança pública, as polícias e outros atores. Tivemos já uma importante parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e demos início a um sistema de comunicação digital integrado, seguro, onde uma guarnição tem contato com a outra em qualquer lugar do estado. Esse novo acordo técnico me parece fundamental”, disse o governador.
O diretor do Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal, Brasílio Caldeira Brant, explicou que o banco de dados de segurança pública do Amapá passa a integrar um sistema maior, que contém informações de outros estados.
“Esse acordo de cooperação visa que, através da Polícia Federal, que tem capilaridade nacional, nós possamos levar informações e trocar informações com todos os outros estados. Estamos oferecendo os sistemas de inteligência da Polícia Federal e nossos sistemas de identificação e em troca recebemos os sistemas e bancos de dados do Estado, dando maior efetividade no combate ao crime. Vamos melhorar, com certeza, o combate ao crime”, declarou o diretor.
Menos burocracia
O secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado do Amapá, coronel José Carlos Souza, também presente no evento, disse que a expectativa é que o processo de investigação ganhe agilidade, com o acesso imediato a informações que antes não eram acessadas por questões burocráticas.
“Ter essa pesquisa mais efetiva dentro de um cadastro nacional é melhorarmos a efetividade no combate ao crime. O crime mudou, ele não tem mais fronteira estadual. E muitas vezes ele é até internacional. O Doutor Brant deu o exemplo de um fragmento de impressão digital em um assalto a um banco ou um roubo de carro. Hoje temos que enviar ofícios à Polícia Federal e aguardarmos para ter acesso aos dados, o que leva tempo. A partir de hoje, o delegado poderá fazer isso da sua mesa”, afirmou o titular da Sejusp.
A solenidade contou ainda com a presença de outras autoridades, como os comandantes da Polícia Militar (PM-AP), Corpo de Bombeiros Militar (CBM-AP) e da Delegacia-Geral da Polícia Civil.
Foto de capa: Márcio Pinheiro/Secom