Por OLHO DE BOTO
A Polícia Militar do Amapá prendeu mais um homem acusado de envolvimento na morte do professor agredido a golpes de terçado, na madrugada do último domingo (23), no município de Itaubal, a 110 km de Macapá.
Magno Maciel Lobato, de 28 anos foi apresentado pelos militares do Batalhão de Policiamento Rural (BPRU), nesta quarta-feira, por volta das 21h, na Delegacia de Polícia do Interior (DPI).
Segundo testemunhas, ele estava junto com Jackson Miguel Costa Saraiva, de 20 anos, apontado como autor do crime, no momento em que o professor Kelton Regy Amaral dos Santos foi atacado e morto em via pública. Ele teria repassado o terçado ao criminoso e ainda ficou assistindo a cena de barbárie.
“Aqui ele confessou que forneceu a arma. Depois levou para a casa dele, lavou e guardou. Presenciou o crime do início ao fim, e depois omitiu a arma do crime em sua casa”, explicou a soldado Sidynara Dias, do Batalhão de Policiamento Rural (BPRU).
Soldado Sidynara Dias: acusado corria risco em Itaubal. Fotos: Olho de Boto
Jackson Miguel Costa Saraiva, de 20 anos, foi solto depois de audiência de custódia. Foto: Olho de Boto/SN
Ainda no local do crime, um morador revoltado com as agressões chegou a desferir um tapa no rosto de Magno, que em seguida fugiu do local.
Os dois se reencontram na tarde de ontem em Itaubal. Magno prometeu vingança, dizendo que o morador seria o próximo a morrer. O fato chegou ao conhecimento da comunidade que, revoltada, procurou a Polícia Militar.
Temendo uma nova tragédia, os militares conduziram o acusado à delegacia de Macapá, onde ele prestou esclarecimentos e foi liberado para responder ao inquérito em liberdade.
O professor e sindicalista Kelton Regy. Foto: Reprodução
“A população de Itaubal está indignada com o que aconteceu, foi um crime bárbaro e os moradores não acostumados a isso. Logo que conseguimos prender a população cercou o quartel e estava ameaçando a integridade física do mesmo”
Ato
Segundo a polícia, nesta quinta-feira (27), a comunidade vai realizar uma manifestação no município, contra a decisão da justiça de libertar o autor do crime, preso em flagrante, mas solto em audiência de custódia