Da REDAÇÃO
No começo da tarde desta segunda-feira (29), o Conselho das Aldeias Wiaãpi (Apina) voltou a declarar que as terras da aldeia Mariry foram invadidas por garimpeiros. A entidade emitiu uma nota relatando que as buscas da força-tarefa policial, destacada para a região, não foram suficientemente abrangentes.
Desde o domingo (28), após a denúncia de uma suposta invasão e do assassinato de um cacique, agentes da Polícia Federal, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Fundação Nacional do Índio (Funai), acompanham a crise na área, do município de Pedra Branca do Amapari, a 183 quilômetros de Macapá.
As lideranças relataram que, após chegarem em Mariry, na tarde de domingo (28), os policiais percorreram pontos indicados pelos indígenas onde, supostamente, os garimpeiros teriam estado. Porém, em nenhum dos pontos havia algum grupo de invasores.
Após a primeira busca, que ocorreu até a aldeia Yvytotõ, os agentes de segurança pública teriam dito que não poderiam continuar seguindo rastros na mata e retornaram até o Posto Aramirã, onde, em reunião com representantes da Funai, da Apina e da prefeitura de Pedra Branca, declararam que não havia como continuar as buscas pela dificuldade de deslocamento e de alimentação.
Os Waiãpi disseram também que continuam preocupados com os invasores que estão na região norte do território e que algumas comunidades chegaram a sair de suas aldeias para se juntar com as famílias de outras aldeias para se sentirem mais seguras.
A declaração do conselho diz ainda que os índios continuarão a procurar pelos invasores por conta própria e pede apoio da Funai.
Foto de capa: reprodução/internet