Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Dois dias após uma foto de um rato supostamente encontrado dentro da comida de um restaurante do Complexo Beira Rio, ponto turístico de Macapá, ter viralizado nas redes sociais amapaenses, o Portal SelesNafes.Com conversou com a estudante Edhianye Gibson.
Foi ela que denunciou o caso e pela primeira vez falou com uma equipe de reportagem a respeito da sua versão dos fatos. Edhianye Gibson tem 23 anos e é estudante do curso de engenharia ambiental da Universidade Estadual do Amapá (Ueap).
Ela está grávida de oito meses e neste último domingo (3) foi almoçar junto com a mãe, a funcionária pública federal Riley Gibson, de 62 anos, no Restaurante Beltrão, na orla de Macapá.
Após a apresentação da versão da proprietária do restaurante, Edhianye foi muito criticada nas redes sociais. Ela e sua mãe defendem que não têm nenhum motivo para tentar prejudicar o estabelecimento.
“Não conhecemos os proprietários, não trabalhamos no ramo de restaurantes. Somos uma família de boa índole, nunca passamos por algo assim antes”, reforça a estudante.
Versão
Como toda grávida, contou Edhianye, ela sente desejos e naquele dia queria comer salada. E foi pela salada que ela começou a refeição, deixando arroz, carne e feijão para o final.
Foi apenas quando virou a carne, que é colocada pelo chapeiro em cima das outras comidas, que Edhianye pôde perceber que tinha algo estranho. Na verdade, o que ela conta ser ainda pior para a sua lembrança, ela ainda demorou algumas garfadas para ver que realmente era uma catita.
“Na hora, eu saí correndo para a beirada e vomitei tudo o que eu pude. Que sensação horrível, até agora eu não consegui comer nada, porque vem aquilo na lembrança”, declarou a estudante.
Boletim de Ocorrência
Diferentemente do que muitas pessoas puderam supor, Edhianye esclareceu que várias pessoas ao redor foram testemunhas do que aconteceu.
Os nomes de duas dessas testemunhas são citados no Boletim de ocorrência que ela registrou no centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval.
Edhianye também conta que o garçom logo chegou e retirou os pratos, levando consigo o rato, que poderia ser a prova do que ocorreu.
As duas, mãe e filha, contaram que ficaram atônitas, sem saber o que fazer por alguns minutos e que foram as pessoas ao redor que lhes ajudaram, tirando fotos e sugerindo ligar para a polícia.
Elas afirmam que as várias pessoas que presenciaram todo problema são testemunhas de que é impossível se sustentar a versão da proprietária de extorsão ao estabelecimento.
Em conversa com o Portal SN, a dona do estabelecimento, Neide Vilhena, havia dito que estava no caixa quando a denunciante chegou e teria comentado: “moça, dá uma olhada no meu prato. Se você não me der dinheiro, eu vou espalhar umas fotos que fiz”, segundo o relato da dona do restaurante.
Neide afirmou ainda que tentou amenizar a situação, e que não pagou o valor supostamente exigido. Após isso, a mulher teria saído de mesa em mesa mostrando as fotos no celular.
Por fim, Edhianye esclarece que quando foi procurada pelo Portal SN na primeira matéria sobre o caso, não pôde falar porque estava em uma consulta médica. Edhianye apresentou comprovação da consulta à reportagem.