Da REDAÇÃO
Os brasileiros acusados pela morte de dois policiais franceses, em uma área de garimpo da Guiana Francesa, no ano de 2012, irão a júri popular. Os réus são Manoel Moura Ferreira, o “Manoelzinho”, e Ronaldo Silva Lima, o “Brabo”.
Atualmente, os réus estão submetidos a prisão preventiva no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Se condenados, podem pegar penas que variam de 112 a 280 anos de prisão.
A decisão da Justiça Federal do Amapá pelo júri popular ocorreu na quarta-feira (11) e ainda não há data marcada. Além da condenação pelas mortes, o Ministério Público Federal pede que a dupla seja punida por 22 tentativas de homicídio.
Na sentença, o juiz também determina que Manoelzinho e Brabo continuem presos considerando a “intensa periculosidade demonstradas pelos réus que, na condição de integrantes de grupos armados, demonstraram (…) total menosprezo pela autoridade policial estabelecida na França e no Brasil”, relata trecho do documento.
O crime ficou conhecido como “Caso Manoelzinho”. De acordo com MPF, Manoelzinho chefiava um grupo criminoso que atuava no município de Maripasoula, onde funcionavam inúmeros garimpos ilegais de ouro em meio às florestas.
Em uma operação policial no dia 27 de julho de 2012, ele, juntamente com Brabo e outros integrantes do bando montaram uma emboscada que resultou na morte dos dois militares.
Segundo testemunhas, instantes depois dos crimes, Manoelzinho e Brabo retornaram aos acampamentos, e passaram a comemorar as mortes.