Por SELES NAFES
O Ministério Público Eleitoral foi notificado oficialmente pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) sobre o acórdão que confirma a desaprovação das contas de campanha da ex-deputada Jozi Araújo (Podemos). De todos os candidatos da última eleição, ela é a que mais tem complicações de campanha para resolver.
No total, o MP Eleitoral e o TRE entenderam que a ex-parlamentar precisa devolver ao Tesouro Nacional nada menos que R$ 2,4 milhões referentes ao fundo eleitoral e ao fundo partidário.
Na prestação de contas, ela não apresentou comprovante de devolução de R$ 903 mil do fundo eleitoral que não teriam sido utilizados, e nem de R$ 300 mil de sobras do fundo partidário.
Extratos bancários da prestação de contas não são de todo o período de campanha, assim como os extratos do fundo partidário e de outras fontes de recursos.
Também havia inconsistência nas informações sobre gastos com combustíveis. Não foram apresentados dados sobre locações de carros ou de publicidade em carro som. Candidatos receberam doações de Jozi, mas o dinheiro repassado também não constava na prestação de contas.
Jozi em foto da campanha eleitoral: R$ 2,4 milhões para devolver
O Ministério Público Federal deu parecer pela desaprovação das contas, e acrescentou que Jozi precisa devolver R$ 50 mil de despesas com combustíveis e R$ 1,2 milhão de gastos com pessoas jurídicas e omitidas da prestação de contas “recursos obtidos de fonte vedada”, ou seja, caixa dois.
No processo, Jozi foi intimada, mas não apresentou qualquer alegação.
Em outubro, ela teve a prisão preventiva revogada depois de passar quatro meses foragida. A ex-deputada federal responde por desvio e fraudes quando comandava a Federação das Indústrias do Amapá (Fieap).