Polícia procura atirador que matou mãe no lugar do filho

Jacqueline Kelly foi baleada no portão de sua casa, em uma invasão localizada atrás do conjunto Laurindo Banha, na divisão entre os bairros Muca e Buritizal, na zona sul de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO e RODRIGO ÍNDIO

As Polícias Civil e Militar estão à procura do autor do disparou que matou uma mãe no lugar do filho na primeira manhã do ano novo, em Macapá. O suspeito já foi identificado.

Foi o amor de mãe que levou Jacqueline Kelly Penha da Silva, de 36 anos, à morte. Na manhã da última quarta-feira (1º), ela não resistiu depois de ser atingida por um disparo ao servir de escudo para seu filho, de 19 anos, que era o alvo do criminoso.

Vítima foi levada ao Hospital de Emergência, mas não resistiu ao ferimento. Fotos: Olho de Boto/SN

O caso, ocorreu por volta de 9h, em uma invasão localizada no final da Rua Saúde Pimentel, atrás do conjunto Laurindo Banha, na divisão entre os bairros Muca e Buritizal, na zona sul de Macapá. Oficialmente o caso foi registrado como o primeiro homicídio de 2020.

Quando militares do 1º Batalhão chegaram ao local, a mulher já tinha sido socorrida pelos familiares e levada até o Hospital de Emergência, no Centro de Macapá. Antes do fim da manhã Jacqueline Kelly morreu na unidade de saúde.

O tiro que vitimou Jacqueline Kelly foi feito neste portão…

… nsta invasão atrás do conjunto Laurindo Banha

O autor do disparo foi identificado como Ricardo Cardoso, que é conhecido como “Molequinho”.

A delegada Cristina Amorim, plantonista da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher (DCCM) atendeu à ocorrência. Ela não descarta que o crime tenha origem no tráfico de drogas, mas disse que o silêncio de testemunhas dificulta as investigações.

“O que nós apuramos é que autor do disparo chegou na residência querendo comprar drogas. O filho de Jacqueline disse que não tinha. O rapaz insistiu, disse que estava armado e que queria. Começaram a discutir. Foi quando a mãe do rapaz interviu e acabou baleada”, relatou a delegada.

Delegada Cristina Amorim: medo de testemunhas dificulta investigação

Jacqueline Kelly havia saído da residência e caminhado até o portão ao ouvir a discussão, foi quando viu que o assassino tinha sacado a arma e correu para proteger o filho. O tiro acertou o ombro da vítima, e, provavelmente, atingiu o coração. O filho dela ainda saiu correndo atrás do atirador, que disparou diversas vezes até fazê-lo recuar.

“O que de fato sabemos é que o tiro era pro filho e acertou na mãe”, confirmou a delegada Amorim.

Segundo as informações da Polícia Civil, o assassino teria chegado de mototaxi ao local. O mototaxista teria ficado aguardando na entrada da invasão, enquanto o autor do disparo entrou na área de pontes. Não é confirmada a participação do mototaxista no crime.

Jacqueline Kelly tinha 36 anos. Deixou marido e filho

Até a publicação desta matéria, ninguém havia sido preso pela morte de Jacqueline Kelly.

Foto de capa: Divulgação

Seles Nafes
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