Por OLHO DE BOTO
O delegado Nicolas Bastos prometeu que a invasão seguida de arrastão dentro do Hospital de Santana, na madrugada, deste domingo (19), não ficará impune.
Bastos e uma equipe da Polícia Civil no município, distante 17 km de Macapá, estiveram no fim da manhã de domingo (19) na unidade de saúde em busca de informações sobre os envolvidos no crime. Os policiais também foram até os bares onde a briga entre facções rivais ocorreu.
Membros de uma facção criminosa depredaram as dependências do local, por volta de 5h30, após um de seus integrantes ter morrido depois de uma briga ocorrida em um bar 24h, no bairro Remédios I.
De acordo com o delegado, a vítima identificada como Hugo Tcharles Silva de Souza, de 18 anos, já havia sofrido outros atentados por grupos rivais.
“Esse rapaz trabalhava para facção e chegou a sair da cidade [de Santana], voltou e sofreu novo atentado. As informações ainda estão chegando desencontradas, mas quem tiver que responder irá responder”, disse o delegado.
Nicolas Bastos explicou também que não é a primeira vez que a polícia atende ocorrências de brigas no local onde houve o homicídio.
“A Polícia Civil fiscaliza os estabelecimentos, mas alguns fatos a gente não consegue evitar”, complementou.
Um morador do bairro Remédios, que preferiu não se identificar, contou ao Portal SN que episódios de violência e perturbação do sossego são comuns nos bares onde o jovem foi morto.
“Depois que abriu essas boates aqui não temos mais sossego, virou um inferno. A partir das dez horas da noite, a gente não consegue mais dormir. Isso aqui fica tomada de carro, gente, som alto, bebida(…). Parece uma cracolândia, todos os cidadãos mal intencionados vem pra cá e está uma catástrofe. A gente está pedindo socorro porque não tem como continuar desse jeito. Espero que as autoridades tomem providência pra que essa questão seja amenizada. Ficou insuportável”, desabafou.
Ele relatou ainda que apesar de até o Ministério Público já ter sido acionado, nada foi feito ainda acerca da situação.