Por SELES NAFES
O Tribunal do Júri condenou o sargento da Polícia Militar do Amapá, José Wilson Maciel de Cantuária, a 16,4 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de um amigo após uma festa, em 2016. Ele também é investigado pela morte de uma testemunha do mesmo homicídio.
O crime ocorreu na madrugada de 10 de maio de 2016, na Avenida Henrique Galúcio, no bairro Central de Macapá. De acordo com denúncia oferecida pelo Ministério Público, a vítima, Joaquim Rubilota de Souza, estava retornando de uma festa com o sargento quando os dois brigaram dentro do veículo.
A discussão continuou do lado de fora do carro com o sargento sacando a arma e disparando contra a vítima. O sargento alegou legítima defesa, mas foi preso preventivamente por ordem da justiça.
Ao determinar a prisão imediata após o julgamento, o juiz Luiz Nazareno Hausseler levou em consideração o histórico violento do réu.
“Considerando que o réu é reconhecidamente perigoso, homem violento, suspeito de práticas de tortura, violência doméstica, sem esquecer o envolvimento com eliminação de testemunha, tem -se que deve ser encaminhado ao cárcere, até como forma de resguardar a sociedade amapaense”, comentou ele na sentença.
O juiz se referiu ao assassinato de Micherlon da Silva Aleluia, que testemunhou contra o sargento no processo que apurou a morte de Joaquim Rubilota. Micherlon acabou sendo assassinado em 18 de março de 2018 quando estava a caminho de casa.
A esposa do sargento também responde por participação nesse homicídio. Segundo a polícia e o MP, foi ela a pessoa que foi até o atacadão onde a vítima trabalhava para levantar informações sobre horário de entrada e saída.