O governo do Amapá anunciou que já contratou o guindaste que fará a reflutuação do navio Ana Karoline III, mas acrescentou que pedirá o ressarcimento dos custos à empresa dona da embarcação.
Pela legislação, a responsabilidade de içar o navio é da empresa proprietária do barco. No entanto, a decisão de assumir esse papel atende a uma reivindicação das famílias dos mortos que ainda não tiveram os corpos resgatados. Parentes acreditam que eles estejam presos dentro do barco.
A empresa, que é de Belém (PA), tinha até ontem (7) para apresentar à Marinha do Brasil o plano de reflutuação da embarcação, que está a 12 metros de profundidade no Rio Jari, no Sul do Amapá, e tem capacidade para 265 passageiros.
“Assim que o plano for aprovado, a empresa contratada já poderá iniciar o deslocamento de todos os seus equipamentos para iniciar efetivamente a reflutuação. É um trabalho bastante complexo, que requer inclusive o isolamento da área, para cuidar da segurança das pessoas e do meio ambiente”, explicou o secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá, coronel Carlos Souza.
A contratação emergencial foi possível depois que o governador Waldez Góes (PDT) assinou um decreto que permite a aquisição de serviços e bens para resposta rápida na tragédia.
As buscas pelos corpos entraram no nono dia neste domingo (8). A tragédia ocorreu no último dia 29 durante uma tempestade. Até agora, 33 corpos foram resgatados e menos de 10 continuam desaparecidos.