Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Poucos dias após crescerem os casos suspeitos do covid-19 no Amapá, e com o primeiro caso confirmado no Estado, os supermercados da capital registraram considerável aumento no volume de vendas. As redes de supermercados, no entanto, tranquilizam os consumidores e pedem cautela.
Nesta sexta-feira (20), o Portal SelesNafes.com esteve em dois mercados de atacados e dois supermercados de venda à varejo para conferir a movimentação após os últimos acontecimentos sobre o coronavírus em Macapá.
O decreto 1414/2019 do Governo do Estado Amapá, anunciado na noite da quinta-feira (19), determinou o fechamento de diversos ramos do comércio. Este elemento, segundo um gerente de uma rede de supermercados, também deve ter contribuído para a movimentação maior.
“Comparando com a semana passada o movimento aumentou, sim. Eu acho que devido ao decreto, a população deve pensar que os supermercados irão fechar, mas não vamos. Aumentou bastante, vamos ver como será a manhã. As pessoas podem ficar calmas, nosso abastecimento está garantido”, declarou o gerente Helder Carvalho.
Em outra rede, com filas bastante extensas, a declaração foi no mesmo sentido.
“A gente está há três dias com movimento muito intenso. Creio que a população está querendo sair menos da sua casa e está comprando em volumes maiores. O ideal é que venha apenas uma pessoa por família, temos que evitar aglomeração. A logística está funcionando, tem reposição, não é necessário nenhuma histeria”, disse o gerente Anderson Tavares.
Filas e carrinhos lotados
Em alguns supermercados e nos comércios de atacado, havia muitos clientes com carrinhos lotados. Mas também encontramos bom senso. Um jovem casal fez compras para 15 dias, de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A gente decidiu fazer umas compras para ficarmos duas semanas sem sair de casa, que é a recomendação, aproveitando esse momento que ainda não há histeria, pelo menos a gente achava que estaria mais vazio”, disse Rebeca Sá, ao lado de Felipe Rabelo.
O casal estava de luvas, máscara e cuidadoso com a proximidade com as outras pessoas.
Restrição de compras
Uma rede nacional de mercado por atacado restringiu em todo o país, e também no Amapá, o limite de compras por pessoas para alguns itens. Arroz, feijão, açúcar, óleo de soja e leite em pó foram limitados.
Isto para evitar que atravessadores possam comprar em quantidade exacerbada, realizando estoque e a falta desses produtos no mercado varejista. Um papel colado nas prateleiras e um anúncio feito no sistema de som informavam a restrição aos clientes.