Corpos são encontrados dentro do Ana Karoline lll

A verticalização da embarcação ocorreu a aproximadamente 1,8 km do local do acidente, no sul do Amapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO e SELES NAFES

Com o navio içado e posto na posição vertical, uma equipe de buscas fez uma varredura nas primeiras horas da manhã deste sábado (4) no navio Ana Karoline lll e encontrou corpos dentro da embarcação que naufragou há 36 dias no sul Amapá.

A informação foi confirmada ao Portal SelesNafes.com pelo secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública do Amapá, Carlos Souza, que é porta-voz do Comitê de Gerenciamento de Crise do Estado.

As buscas se deram após equipes prosseguirem com bombeamento da água dos porões e compartimentos, e na reflutuação, para retomarem a procura por possíveis vítimas, de forma segura.

O navio foi içado no último dia 28. Fotos: Maksuel Martins/GEA

Parentes acreditam que pelo menos oito corpos de passageiros estejam nos camarotes. No total, a lista oficial de mortos é de 34 pessoas, com 51 sobreviventes.

O navio foi içado no último dia 28, mas foi levado à superfície ainda tombado de lado, na mesma posição em que afundou no Rio Jari durante uma tempestade a caminho de Santarém (PA). A embarcação transportava muita carga e cerca de 90 passageiros.

Carlos Souza detalhou que, devido ao avançado estado de decomposição, ainda é impossível falar em números de vítimas. A quantidade só será confirmada depois que a empresa entregar o navio ao governo do estado reflutuando e em segurança, o que está previsto para acontecer até o fim da tarde de hoje.

A Polícia Civil do Amapá e a Marinha investigam as causas do acidente

Só assim a perícia será realizada, junto com o trabalho do Instituto Médico Legal da Polícia Técnico-Científica (Politec).

A verticalização, ou seja, o processo em que o navio teria que ser colocado em sua posição de flutuo, ocorreu a cerca de 1,8 km do local do acidente. A empresa precisou levar o navio para esse lugar porque a correnteza no local do naufrágio estava atrapalhando o trabalho.

A Polícia Civil do Amapá e a Marinha investigam as causas do acidente. A principal suspeita é que excesso de carga.

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