Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Nem a quarentena fez com que o macapaense deixasse de fazer o último esforço para garantir o tradicional pescado do feriado, nesta sexta-feira (10), na Feira da Treze de Setembro, no bairro Novo Buritizal, zona sul de Macapá.
Muito movimento, carros, ruas fechadas, pedestres no vai e vem, mas também organização e fiscalização por parte da Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) foi o que se viu.
O fechamento da Rua Treze de Setembro, no trecho em que a feira funciona, foi uma das estratégias que a Guarda Civil Municipal adotou para tentar organizar o fluxo. Além disso, havia placas, avisos sonoros e grupos de guardas que tomavam conta das barracas dos feirantes.
As feiras tiveram seu funcionamento flexibilizado pela PMM no último dia 3 de abril, com regras como o revezamento e distanciamento dos boxes um dos outros. A reportagem do Portal SelesNafes.com verificou que o distanciamento e os cuidados aconteceram.
“É né, olha só, estamos aqui nesse sol no meio da rua e em fila. Acho que está melhorando, estamos nos preocupando mais. Tem uns aí que estão furando a fila ali, mas é isso, consegui minha pirapitinga e vou comer assada”, contou o mecânico de motocicletas Robson Marques.
Pelo menos 30 guardas municipais e cinco viaturas estavam no operativo montado pela PMM.
“A secretaria veio aqui, com o apoio da Guarda Municipal e da fiscalização, para tentar organizar a feira. Os empreendedores dizem que é a população quem tumultua as filas, eles dizem que pedem para as pessoas formarem filas e não são atendidos. Teve desorganização mais cedo, mas agora estamos com as filas formadas”, declarou o coordenador da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Macapá, André Façanha.
Vendas
Quanto aos feirantes, há um misto de sentimentos. Alguns deles, por um lado, estão felizes porque voltaram a trabalhar, mas por outro, ao comparar as vendas com a sexta-feira santa de 2019, reclamam do movimento fraco.
“Enquanto tiver movimento, se eles deixarem, a gente vai funcionar. A população está reclamando que estava acostumada a levar tudo preparadinho, bonitinho, e agora é colocar na embalagem e ir embora. Mas é isso, tem que estar consciente, é pro nosso bem. A saúde é o que no momento tá valendo”, disse Domingos da Silva, feirante há mais de uma década.