Por SELES NAFES
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), decidiu rejeitar a portaria elaborada pelo Comitê de Decisões Estratégicas do Estado que permitiria a reabertura de parte das empresas fechadas desde o dia 20 de março. A minuta da portaria foi assinada pelo vice-governador Jaime Nunes (Pros) e apoiada por membros do governo, prefeituras de Macapá e de Santana e pela Federação do Comércio (Fecomércio).
Num comunicado divulgado na noite de sábado (10) apenas nas redes sociais, o governador informou que estava rejeitando as recomendações do comitê por entender que os casos de covid-19 estão em crescimento no Amapá. O comunicado é assinado por ele, pelo prefeito de Macapá Clécio Luís (Rede) e pelo prefeito de Santana Ofirney Sadala (PHS).
Ontem (10), o Ministério da Saúde divulgou que Macapá é a 2ª capital com maior incidência do novo coronavírus, com 19 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Neste sábado (11), morreu a terceira pessoa com a doença e um paciente está internado em estado grave.
Reação do comércio
O presidente da Fecomércio, Eliezir Viterbino, também divulgou um comunicado onde diz que a portaria do comitê se baseava no atendimento agendado e individual, além do sistema delivery, que são modelos já contidos nos decretos em vigor.
“Mesmo não concordando com tais avaliações e decisões, a Fecomércio Amapá respeita, recomenda e solicita a todos do setor econômico que continuem seguindo o que determinam os decretos”.
“Nossas ações e propostas apontam para a necessidade da reativação da economia, de forma responsável, equilibrada e gradativa”, diz ele em outro trecho.
A portaria permitia a reabertura, por exemplo, de vidraçarias, imobiliárias, assistências técnicas, locadoras, gráficas, estamparias, serigrafias, malharias, armarinhos, perfumarias, bijuterias, lojas de material esportivo, de tintas automotivas, de peças para motocicletas, sorveterias, entre outros.
As atividades ocorreriam de segunda-feira a sábado por delivery ou agendamento, das 8h às 14h.