Por SELES NAFES
Numa atitude que lembrou outra cena ocorrida na pandemia há cerca de duas semanas, o cortejo que levava o corpo do economista Jackson Sacramento, o ” Baé”, de 55 anos, mudou o trajeto. A caminho de um crematório, o rabecão da funerária parou em frente ao Banco da Amizade, tradicional ponto cultural no bairro do Laguinho que ele ajudou a imortalizar.
O corpo de Baé foi cremado na tarde deste sábado (25) numa cerimônia simples apenas para a família. Ele estava internado há mais de uma semana após complicações decorrentes de uma cirurgia cardíaca.
Durante a internação, no Hospital de Emergência de Macapá, ele passou a apresentar sintomas da covid-19 e foi transferido em estado grave como caso suspeito para o centro especializado na doença no Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), onde faleceu por volta das 13h40min deste sábado.
A caminho do crematório, na Rodovia AP-440, o cortejo seguiu para o bairro do Laguinho para que amigos pudessem se despedir. Um decreto Municipal proíbe velório para vítimas da covid, apesar de o diagnóstico ainda não ter sido confirmado no caso de Baé. O caso está sob investigação epidemiológica.
O rabecão parou em frente ao Banco da Amizade, onde durante três décadas ele se reuniu com amigos e ajudou a organizar festas tradicionais no bairro do Laguinho.
Os amigos fizeram a oração do Pai Nosso, e depois aplaudiram o cortejo que seguiu em frente acompanhado de vários veículos. Assista ao vídeo e uma homenagem do empresário e amigo Luís Alberto Pereira.
Há duas semanas, no bairro Santa Rita, o cortejo também mudou de trajeto para que a mãe pudesse se despedir o filho, morto pelo novo coronavírus.