O juiz federal João Bosco Soares, da 2ª Vara Federal do Amapá, deu cinco dias de prazo, a partir da intimação, para que haja a celebração de um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre o Ministério Público Estadual, governo, prefeitura de Macapá e a empresa Equinócio Hospitalar, a maior fornecedora de insumos, EPIs e medicamentos do Amapá.
A decisão, proferida ontem (18), atendeu pedido da própria Equinócio. A empresa vem sendo questionada pelos valores de EPIs fornecidos ao governo do Estado.
O MP alega que existe superfaturamento, mas a empresa se defende afirmando que a alta de preços é imposta por fabricantes no mundo inteiro durante a pandemia do novo coronavírus.
Na petição, o advogado da empresa, Waldenes Barbosa, alegou que é a fornecedora precisa de segurança jurídica para continuar operando.
Para ele “é urgente a obtenção de segurança jurídica nos processos de fornecimento neste período, sobretudo com risco de perdas imediatas de vidas”.
João Bosco Soares avaliou que o acordo entre as partes trará segurança jurídica e permitirá lucro moderado, além de evitar questionamentos futuros.
“Ressalto, a título de esclarecimento, que a presente decisão tem como finalidade precípua evitar a falta de medicamentos essenciais ao tratamento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus, sem os quais haverá muitos óbitos”, ressaltou.
O magistrado determinou a intimação do MP Estadual, e de representantes do GEA e PMM para que iniciem as tratativas para a realização de um acordo, já que a crise “demonstra a necessidade de atuação conjunta de vários agentes e órgãos públicos na solução desse impasse, pois a demora no fornecimento e aquisição desses produtos pode significar a diferença entre a vida ou a morte de uma pessoa”.