Por RODRIGO ÍNDIO
O prefeito de Macapá, Clécio Luís (REDE), apontou que as aulas não devem retornar em agosto na capital e que estuda a possibilidade de rodízio de alunos em aulas presenciais. A informação foi repassada nesta segunda-feira (29) ao portal SelesNafes.com, quando o gestor ponderou ainda que existe a possibilidade que alguns estudantes percam o ano escolar.
De acordo com o prefeito, atualmente há um alinhamento com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Ministério da Educação e com sindicatos para se ver a forma segura para promover retorno presencial às aulas. Clécio detalha que foi feita uma previsão de retorno para agosto, mas que ele agora avalia que não irá ocorrer.
“Pelo que estamos observando, nós não conseguiremos [voltar às aulas] por vários motivos. Entre eles, os números da pandemia e a potencialidade que tem uma sala de aula de transmissão de vírus. Porque o nosso público na maior parte é de crianças que têm muito contato, por mais que a gente volte com máscara. Estamos tomando uma série de medidas de protocolos nas escolas. Hoje, a gente não vê condições de voltar em agosto, mas não é uma posição em definitivo por isso o estudo é diário”, detalhou Clécio.
Existe também a ideia de trabalhar com rodízio de alunos, com base em exemplos de outros lugares que já estudam essa possibilidade. Na prática, teria que haver o dobro de dias para poder cumprir o calendário. A modalidade de funcionamento se daria da seguinte forma: em um dia iria a metade da turma e no outro o restante.
“Se não tiver alternativa nós vamos ter que fazer para algumas séries exame de massa, para outros talvez tenham que perder o ano letivo mesmo. Quando não tem obrigatoriedade do ano letivo, como nas creches, pode ter uma outra saída. Tudo de qualquer forma tem que ser feito com segurança”, comentou Clécio.
Com a pandemia, o aplicativo “Escola com você” passou a ser ferramenta de interação do aluno, seus pais e a escola. Numa pesquisa, 73% dos pais não querem o retorno das aulas presenciais para os próximos meses.
“Eles têm realmente receio, e com muita razão, de terem seus filhos contaminados e até mesmo que não desenvolvam os sintomas mas que levem para casa, levem para a família. Estamos com muito cuidado, muita cautela discutindo isso”, detalhou Clécio.
O último decreto municipal que determina restrições quanto a pandemia termina nesta terça-feira (30) quando deve ser anunciado um novo.