Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Respeitando as indicações de distanciamento social, dezenas de aprovados no concurso da Polícia Civil do Amapá (PC), entre delegados, agentes e oficiais, realizaram manifestação na manhã desta terça-feira (14) na Praça da Bandeira, centro de Macapá. Eles querem ser convocados pelo governo do Estado, e afirmam que a aposentadoria iminente de 700 policiais pode gerar um grande impacto nas investigações.
Os candidatos lembraram que há déficit no quadro de profissionais da polícia e que o concurso segue com prazo válido.
“Hoje nós queremos contar com a sensibilidade do governador. São delegados, agentes e oficiais que aguardam no cadastro de reserva. Nós vemos que os índices de criminalidade aumentam em todo o Estado e sabemos que podemos contribuir para segurança pública estadual. Também pedimos a sensibilidade do degelado geral da Polícia Civil do Estado do Amapá”, declarou Márcio Souza da Costa, de 37 anos, representante da comissão dos aprovados.
Um dos principais pontos de argumentação dos candidatos é a carência de pessoal na Polícia Civil. Para eles, os policiais civis do Amapá que estão na ativa desde os concursos do início da década de 1990, e já estariam aptos para a aposentadoria.
Segundo a própria presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Amapá (Sinpol-AP), Narcisa Ardasse, de 57 anos, pelo menos 700 policiais já podem se aposentar.
“Na verdade, há muito fomos contatados pelos colegas que estão habilitados, passaram na fase do concurso, e nós do sindicato sabemos a realidade do que está acontecendo. Tem uma defasagem muito grande, recebemos diariamente muitas ligações de colegas que estão sobrecarregados por falta de contingente. Nós estamos hoje com 700 policiais aptos a se aposentar. Muitos já estão pedindo, então o quadro que irá se desenhar é caótico, então estamos precisando sim contar com a sensibilidade do governador”, declarou Narcisa.
Márcio Costa: criminalidade em alta. Fotos: Marco Antônio P. Costa
Narcisa Ardasse, presidente do Sinpol: 700 aposentadorias,
Outra preocupação dos candidatos é com a vigência do concurso. Houve uma convocação, segundo os mesmo até razoável, em 2019. Mas o concurso foi realizado em 2017, já foi prorrogado uma vez e tem validade até abril de 2021. Então seria, também, uma corrida contra o tempo.
Eles acham que a carência é tão grande que mesmo chamando todos os candidatos aprovados ainda seria necessário outro concurso.
O Portal SelesNafes.Com tenta contato com a Secretaria de Administração do Amapá (Sead).