Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Foi moderado o movimento de clientes na primeira noite após 120 dias de quarentena e isolamento social. A reportagem do Portal Seles Nafes percorreu alguns dos principais bares da região central de Macapá e averiguou como foi o cumprimento das regras do decreto da Prefeitura Municipal de Macapá (PMM).
No geral, os bares não receberam grande público, o que evitou aglomerações. Destoando disso, o bar “Empório do Índio”, no Bairro Santa Rita, chegou a ficar cheio durante a noite. Por duas vezes a Guarda Civil de Macapá (GCM) esteve no local para observar as medidas de distanciamento.
“Com certeza, estava na hora de reabrir. Foram quatro meses na ‘braba’, todo mundo tá devendo, todo mundo tá aperriado e é muito complicado. Hoje já teve a Guarda aqui porque denunciaram aglomeração, mas não tem como. Mas a gente pede para as pessoas, o distanciamento está sendo feito. A gente pede das pessoas, e está todo mundo aprendendo, mas o pessoal da guarda foi sensível. Mas estou feliz, semana que vem eu começo a pagar conta, pagar funcionários”, declarou Índio, o icônico dono do Bar.
Nos outros estabelecimentos, viram-se menos clientes. No “Bar do Padeirinho”, na Rua Tiradentes, centro de Macapá, os clientes marcaram para comemorar a reabertura. As máscaras eram itens obrigatórios, embora nem todos a utilizassem a maioria do tempo.
“Marcamos de comemorar aqui. Eu frequento esse bar, e todo mundo aqui, há muitos anos. Acho que se todo mundo seguir as normas, vai ficar tudo bem”, declarou José Denivaldo, o popular advogado Leno.
Em outra vertente, o Cerimonial, popular “Bar do Romerito”, localizado na frente da Praça Nossa Senhora da Conceição, que congrega fãs de rock, também reabriu sem grandes aglomerações. Romerito Miranda, o proprietário, fez questão de afirmar que álcool 70% e as orientações para os clientes são uma prioridade.
“Eu estou feliz. Acho que já estava na hora, apesar de não termos vacina, os números estão caindo. Com cuidados, a gente pode fazer essa aposta. O empreendedor precisava disso, estávamos no limite. Acho que era o momento realmente”, declarou Romerito Miranda.
Bares que não abriram
Nem todos os bares optaram pela reabertura na noite desta quinta-feira (16). Este é o caso do concorrido “Bar do Vila”, que atrai especialmente jovens. A proprietária, Manuh Coutinho, preferiu adotar uma linha comedida.
“Como esse decreto limita em 50% e mais as orientações de fiscalização, a gente não sabe como vai ocorrer. A demanda do bar, de praxe não irão respeitar. A gente pode limitar em 50, 100 pessoas, mas lá fora vai ficar uma multidão. Então, a gente tem primeiro que observar como será essa fiscalização no restante da cidade, assim como o número de notificações da covid”, falou Manuh, que estima a volta só para o mês setembro.
No “Rods Bar”, no Araxá, é diferente. O bar não reabriu neste primeiro dia porque estava se preparando. A reportagem chegou ao local no exato momento em que o estabelecimento estava passando por uma desinfeção profissional.
“Recebo a notícia com satisfação e alegria. Foram 120 dias e já não tinha mais gordura para queimar. Graças a Deus foi controlado, diminuiu muito a incidência de casos e eu posso afirmar, como você está vendo, que aqui o cliente terá um ambiente permanentemente desinfectado e cuidadoso”, afirmou Givanildo Mota, o popular Rodão, proprietário.