Por SELES NAFES
O adiamento das eleições municipais deste ano para 15 e 29 de novembro deu mais tempo para que pré-candidatos consigam se viabilizar internamente em seus partidos, e também com o eleitorado. Se todos os pré-candidatos se viabilizarem, Macapá poderá ter um número recorde de candidatos.
As pré-campanhas são permitidas, desde que não haja o pedido explícito de voto, o que configura propaganda eleitoral antecipada. Em julgamentos realizados em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou o entendimento de que esse crime pode ser caracterizado pelo uso ou não de recursos financeiros.
Esse marco regulatório passou a nortear movimentos de todos pré-candidatos, que durante a quarentena passaram a se organizar em grupos de WhatsApp formados por lideranças de bairros e cabos eleitorais. O objetivo é compartilhar vídeos e pequenas mensagens, além de mobilizar para lives no Facebook e no Youtube. Mas, aos poucos, alguns já iniciaram reuniões presenciais com número de eleitores reduzidos.
Filas de eleitores na eleição de 2018. Foto: Rodrigo Índio
Atualmente, o cenário tem 12 pré-candidatos a prefeito de Macapá.
Paulo Lemos (Psol), Rubem Bemerguy (Rede), João Capiberibe (PSB), Marcos Roberto (PT), Dr Furlan (Cidadania), Josiel Alcolumbre (DEM), Gianfranco Gusmão (PSTU), Cirilo Fernandes (PRTB), Gilvam Borges (MDB), Guaracy Jr (PSL), Ivna Amanajás (PMN), Patrícia Ferraz (Podemos).
Se todos conseguirem colocar o bloco na rua, será um recorde. Em 2016, foram sete candidatos, em 2012, seis. A tendência, no entanto, é que alguns passem a ser vice em alguma chapa ou migrem seus projetos para a Câmara de Vereadores.
Propaganda
Se as eleições não tivessem sido adiadas, as convenções já seriam realizadas no fim de julho e a propaganda eleitoral começaria em 11 de agosto.
O novo calendário marcou as convenções para o período entre 31 de agosto e 16 de setembro. Dia 26 de setembro será o último dia para registrar candidaturas, e no dia 27 a propaganda está liberada, inclusive na internet.
Dia 18 de dezembro é o último prazo para a diplomação dos eleitores, e a posse continua marcada para 1º de janeiro.