As tragédias que já passamos (e sobrevivemos)

Palestino escalou hospital para se despedir da mãe em estado crítico pela covid-19. Quantas tragédias globais já vivemos e sobrevivemos
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Por ARTEMIS ZAMIS, empresário e articulista

De novo estamos sendo sacudidos por mais uma tragédia global de proporções ainda desconhecidas, porém, preocupantes quanto ao número de mortos que ainda virão, já que estamos ainda no meio desta que já é tratada como uma das pandemias de maior letalidade já ocorridas.

Das grandes tragédias que dizimaram pessoas, vivemos a peste negra do século 14, onde foram perdidas de 75 a 200 milhões de pessoas; a gripe espanhola de 1918, que tirou a vida de mais de 50 milhões, e a segunda grande guerra, onde morreram de 70 a 85 milhões, cerca de 3% da população mundial da época, que era em torno de 2,3 bilhões de pessoas.

A nossa história é recheada de desastres naturais, tragédias, guerras e acidentes que dizimaram vidas e é inevitável que o mundo sempre tenha que passar por momentos tristes e indesejáveis.

Todos nós conhecemos algumas dessas tragédias que tiraram de nosso convívio pessoas que nos eram caras e que amávamos. No Brasil, recentes episódios trágicos marcaram nossa memória como a tragédia de Brumadinho, incêndio no CT do Flamengo, massacre de Suzano-SP, incêndio no hospital Badim no Rio de Janeiro, tragédia de Paraisópolis-SP, entre outras.

Todos esses episódios deixaram marcas profundas que se carrega por toda a vida, sejam elas causadas por desastres naturais ou provocadas pelo homem.

Trincheira da coalizão durante a primeira grande Guerra Mundial

Mulheres judias no campo de Auchiwitz, à espera da “Solução Final”

Gravura mostra como pacientes eram tratados da peste negra

Tsunami na Indonésia em 2004

A tragédia da pandemia que hoje passamos tem em particular uma dose extra de sofrimento, tanto para quem é acometido como para os familiares.

Esta semana, a cena do filho escalando a parede de um hospital na Palestina, para chegar até a janela de um quarto para se despedir de sua mãe foi marcante demais e simbolizou o maior dos sofrimentos de uma pandemia que é não poder ter quem se ama do nosso lado.

É extremamente difícil um filho não poder se despedir de sua mãe, do pai, maridos de suas esposas e vice-versa, mães e pais que também não se despedem de seus filhos e sequer poder enterrar quem tanto amamos. São marcas irreparáveis que causa uma tragédia.

Temos hoje no mundo mais de 16 milhões de pessoas infectadas e já contamos mais de 650 mil mortos em todo o planeta. Todos os países foram afetados, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, são quase 2.5 milhões de infectados com mais de 86 mil mortos. Mais de 1,5 milhões foram recuperados.

Um dos estudantes matadores de Suzano…

…e as vítimas do massacre: professores e alunos

Jovens mortos no incêndio do CT do Flamengo

O Brasil é um país de dimensões continentais, e, por isso, o controle requer um trabalho de proporções gigantescas e de muita responsabilidade tanto do governo federal como dos governos estaduais.

O povo quer e precisa que passemos por mais essa tragédia com sua maioria ilesa. Sabe-se que apenas com uma vacina eficaz, sairemos mais rápido e com mais segurança.

Até lá, todos os níveis de governo precisam e devem procurar trabalhar em conjunto, para que as consequências e o sofrimento de nosso povo seja o menor possível.

Criança do Amapá sobrevivente da covid-19 volta para casa: esperança

É dever do Estado proteger seus cidadãos, pois a vida é o bem maior de qualquer nação. 

Vamos passar por mais essa tragédia e esperemos que dela surja um mundo mais humano, mais acessível aos menos favorecidos, sem ódio, sem egoísmo, sem maldades e sem violência. Que tenhamos a solidariedade como lema e o amor como virtude permanente.

Se puder, fique em casa.

Seles Nafes
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